MINHA ETERNA NAMORADA

MINHA ETERNA NAMORADA

Junho e um dos meses especiais em minha vida. O outro é setembro, sobre o qual escreverei em data oportuna.

Dia nove, aniversário de minha caçula, Maria Fernanda, mãe da menininha mais bonita do Rio(segundo os avós); dia onze, ontem, aniversário de minha querida e eterna namorada, que me aguenta a quarenta e nove anos.

Sempre brinco, dizendo que lhe darei o presente exatamente as 00,00 horas do dia onze para o dia doze, resolvendo dois problemas de uma vez, se bem que sempre tive o maior prazer em dar todos os presentes que pude a minha adorada e tinhosa Rê.

Havia  pensado em escrever outro texto sobre a indevassável Petrobras e seus muitos segredos, todavia no dia dos namorados, neste mês especial, achei melhor render um pequeno tributo a uma pessoa tão importante, companheira de todos esses anos de luta, alegrias e alguns percalços que o destino colocou na longa caminhada que já percorremos.

Eu que não me atenho a detalhes, não esqueço a primeira vez que a vi, numa manhã fria de junho, em Rio Claro, queimada e radiante num vestido de malha, verde com listras amarelas.

Fiquei embasbacado quando me vi frente a frente com aquele “peixão”, uma bela caiçara das praias de Itanhaém,

Devia estar escrito nas estrelas, pois algum tempo depois fui transferido para Itanhaém e apesar de já ter uma namorada firme em Piracicaba, outra mais ou menos em Rio Claro, o caipira não resistiu e caiu nas “redes do peixão”.

A vida em comum prova que duas pessoas tão diferentes possam viver e se amar durante tantos anos, embora com os filhos o amor seja repartido, amadureça, todavia sem jamais fenecer, mantendo sempre aquela centelha do primeiro olhar, do primeiro beijo, do afago íntimo.

Regina mais fechada, mais séria, mais seletiva e exigente na escolha das amigas, de pouca conversa com estranhos, eu pelo contrário, falador ao extremo, bom de relacionamento, fácil de fazer amigos, opostos que se atraem e que somam ao invés de subtrair.

Depois de todos esses anos penso na insipidez da que deve ser união entre iguais,  entre pessoas que tem exatamente o mesmo gosto, que não tenham posições firmadas, que sempre tenham consenso sobre todos os assuntos.

No nosso caso, não sei se posso generalizar com estou fazendo neste imediato momento, mas nossas diferenças foram as bases para a solidez do nosso casamento, pois uma boa e respeitosa discussão sempre leva ao melhor entendimento, ao comum acordo, a solução mais palatável, sem vencidos e vencedores.

E assim já se vão quarenta e nove anos, quase bodas de ouro, que se Deus quiser, comemoraremos com capricho e com a pompa que a importante data requer.

É tão prazeroso acordar todas as manhãs, estender o braço e sentir a seu lado sua companheira, mulher e amante, muro de arrimo e parceira na jornada que ainda percorreremos juntos.

Viver é amar!!!

José Roberto- 12/06/18