sexta-feira, 11 de maio de 2012

NOSSAS SANTAS MÃEZINHAS


NOSSAS SANTAS MÃEZINHAS



Essa é uma data que não deixo passar em branco.

Pode ser pieguice, repetitivo, mas se temos chance mais forte de lembrar de nossas mães, porque não fazê-lo?

Não tenho a ousadia de insinuar que um filho se esqueça da mãe, porem, como “a vida é luta renhida”, atarefados com os problemas e obrigações do dia a dia, somos envolvidos num turbilhão, que absorve nosso tempo e nossas mentes, deixando-no pouco espaço para rememorações.

Da minha querida mãe, lá longe, em Piracicaba, não me esqueço jamais.

Já não pode me escutar bem, com os ouvidos desgastados pela idade, mas espera ansiosa pelo telefonema do filho distante, cuja voz, mesmo sem entender corretamente as palavras, consegue distinguir, entre os chiados moucos que lhe chegam aos tímpanos.

Ansia por minha presença, mas compreende e aceita calmamente as justificativas da minha ausência.

Com seu imenso coração de mãe, estende ao longe, em pensamento, as sombras protetoras de suas asas, da mesma forma que nos agasalhou e protegeu quando estávamos sob seu protetorado.

Sei que gostaria de ter a ninhada a seu redor, mas resignada, aceita a realidade dos fatos e as desculpas imperfeitas.

Escrevo com amor e orgulho sobre minha mãe, mas não posso deixar de mencionar a mãe de meus filhos.

Rê desejou filhos desde o dia em que casamos.

Esse desejo era tão forte, que cada mês passado sem o ventre fecundado, rendia lágrimas e o coração apertado.

Foram três anos de espera e angustia.

Após Maria Silvia, Junior chegou na hora certa, mais ou menos conforme planejado.

Fê surgiu de forma inesperada, após o ginecologista afirmar ser impossível uma nova gravidez. O derradeiro presente Daquele que realmente decide e traça nossos caminhos.

Escrevo essa parte do texto, tomando a mão de meus filhos, tentando externar seus sentimentos, sabendo do orgulho e admiração que sentem pela mãe.

Não sei exatamente quais a palavras ou as frases que escolheriam, mas por mais que tentassem, mesmo considerando que todos escrevem bem, seria praticamente impossível não caiar nos lugares comuns, naquelas expressões que são citadas repetidamente nessas ocasiões.

E daí se são chavões, frase manjadas e repetitivas?

O que realmente vale é o amor contido nessas palavras, puro, verdadeiro e incomensurável.

Esse mesmo amor, essas mesmas palavras, que meus filhos dirigem em pensamentos emanados do fundo do coração à minha Rê, são os mesmos que grafo em palavras, escritas com carinho, que serão lidas e guardadas, tanto no fundo de uma gaveta, como no lugar secreto que ocupo no coração de minha velha mãezinha.

Mais uma vez, como sempre fiz antes de dormir, peço que me abençoe, minha querida mãe.



José Roberto- 11/05/12








3 comentários:

  1. Como todo ano, uma bela homenagem as mães,
    Parabens Zé, pode ser piegas mas é necessário, pois nossas mães merecem isso e muito mais.

    Pedro Paulo

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  2. Mais um texto simples e belo, em homenagem àquelas que jamais poderão ser esquecidas ou relegadas a segundo plano.
    Parabens a todas as mães do Brasil, a minha em particular.

    Antonia

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  3. Este será primeiro dia das mães que passo sem ela. Mesmo sem chegar o dia sinto uma saudade constante, desde o dia que ela fugiu dOS meus braços e do meu carinho, que, aliás, nunca foi todo o carinho que ela dedicou para mim e para os meus irmãos. Mãe é AMOR, é CORAÇÃO é EMOÇÃO...

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