segunda-feira, 3 de junho de 2024

ATÉ TU, ANDRÉ MENDONÇA?

 

ATÉ TU, ANDRÉ MENDONÇA?

 

Deve ter alguma “caveira de burro” enterrada nos porões secretos do STF, pois se o puxa-saco alocado no Olimpo brasiliense é ruim, piora muito ao assentar sua traseira nos confortáveis tronos do recinto.

Nada a estranhar de porcarias como Alexandre, Toffoli, Gilmar Mendes, Facchin, Zanin, Flávio Dino, bem como dos ruinzinhos Fux, Carmem Lúcia e Barroso, contudo as surpresas desagradáveis foram as indicações de Bolsonaro, Nunes Marques e André Mendonça.

Estranhei quando Bolsonaro indicou Nunes Marques Sem Pescoço, um ilustre e desconhecido advogado piauiense, que por ter caído nas boas graças da Anta Dilma, conseguiu o cobiçado cargo de Desembargador da 1.a Região. Nunca me enganou.

Começou fingindo votar sempre a favor do Capitão, nos processos de interesse do governo que transitavam pelo STF, mas em pouco tempo se juntou aos barra pesadas que integram a Segunda Turma dessa infausta corte(Toffoli, Gilmar e Fachin), compondo e fazendo a maioria nos processos de interesses do atual  desgoverno.

A surpresa foi a derrapada homérica de André Mendonça, que até então vinha tendo um comportamento exemplar, votando sempre respeitando seus princípios e pensando no melhor para o país, evidenciando, que sua indicação tinha sido acertada.

Conforme tive oportunidade de mencionar em textos anteriores, Mendonça teve uma solida formação, fazendo o segundo grau em Itanhaém-SP, onde provavelmente foi aluno de minha “calma” cunhada, atualmente aposentada, “sem dúvida, a melhor educadora de todos os tempos, dessa bela e acolhedora cidade” (eheheh).

Alem da caveira de burro, deve haver algum vírus que circula pelos corredores macios e luxuosos do STF, altamente contagioso, que infecta mesmo aqueles de maior resistência e imunidade, justamente o que deve ter acontecido com André Mendonça, ao se manifestar sobre a aplicação do cancelamento das “Saidinhas”.

A Saidinha é uma das aberrações de nossa legislação penal que beneficia os criminosos, permitindo que bandidos, com ou sem tornozeleiras saiam das prisões até cinco vezes por ano, em feriados e datas importantes como Pascoa e Natal, para visitar seus familiares.

Parte significativa desses marginais, obviamente não retornavam, voltando a praticar os mesmos crimes pelos quais já haviam sido condenados.

Com muita luta, a sociedade brasileira conseguiu que seus representantes  acabassem com a farra, aprovando um projeto de lei cancelando essa perigosa complacência, que absurdamente foi vetada por Mula, o maior ladrão de nossa história., mas cujo veto, foi definitivamente  revogado pelo Congresso, prevalecendo a lei aprovada.

Justamente o “bom menino” André Mendonça, julgando um habeas corpus impetrado pelo advogado de um preso que pretendia usufruir da “Saidinha”, deu a grande mancada, alegando em seu despropositado parecer, que a lei não pode retroagir prejudicando o réu, e que somente deverá ser aplicada aos que forem condenados a partir da data da publicação da nova lei.

Que grande cagada do ministro, talvez sem pensar na repercussão de seu ato, levado por uma fraqueza momentânea de bondade. Cagou e sentou em cima, ferrando com sua reputação de ser um dos únicos racionais e bem intencionado do STF.

Será que realmente foi contaminado?

Esperamos que seja apenas um escorregão, num dia após uma noite mal dormida, por razões de foro íntimo que atrapalharam seu costumeiro bom censo.

Quiças, quiças, quiças!

Fora Mula!

 

José Roberto- 03/06/24

 

 

 

2 comentários:

  1. Perfeito o seu comentário. Pensei, praticamente, e mesma coisa sobre a decisão do André Mendonça. Pois é, não sei onde o Bolsonaro conseguiu achar esta "droga" de Nunes Marques.

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