ATÉ TU,
ANDRÉ MENDONÇA?
Deve ter
alguma “caveira de burro” enterrada nos porões secretos do STF, pois se o
puxa-saco alocado no Olimpo brasiliense é ruim, piora muito ao assentar sua
traseira nos confortáveis tronos do recinto.
Nada a
estranhar de porcarias como Alexandre, Toffoli, Gilmar Mendes, Facchin, Zanin,
Flávio Dino, bem como dos ruinzinhos Fux, Carmem Lúcia e Barroso, contudo as
surpresas desagradáveis foram as indicações de Bolsonaro, Nunes Marques e André
Mendonça.
Estranhei
quando Bolsonaro indicou Nunes Marques Sem Pescoço, um ilustre e desconhecido
advogado piauiense, que por ter caído nas boas graças da Anta Dilma, conseguiu
o cobiçado cargo de Desembargador da 1.a Região. Nunca me enganou.
Começou
fingindo votar sempre a favor do Capitão, nos processos de interesse do governo
que transitavam pelo STF, mas em pouco tempo se juntou aos barra pesadas que integram
a Segunda Turma dessa infausta corte(Toffoli, Gilmar e Fachin), compondo e
fazendo a maioria nos processos de interesses do atual desgoverno.
A surpresa
foi a derrapada homérica de André Mendonça, que até então vinha tendo um
comportamento exemplar, votando sempre respeitando seus princípios e pensando no
melhor para o país, evidenciando, que sua indicação tinha sido acertada.
Conforme
tive oportunidade de mencionar em textos anteriores, Mendonça teve uma solida
formação, fazendo o segundo grau em Itanhaém-SP, onde provavelmente foi aluno
de minha “calma” cunhada, atualmente aposentada, “sem dúvida, a melhor educadora
de todos os tempos, dessa bela e acolhedora cidade” (eheheh).
Alem da
caveira de burro, deve haver algum vírus que circula pelos corredores macios e
luxuosos do STF, altamente contagioso, que infecta mesmo aqueles de maior resistência
e imunidade, justamente o que deve ter acontecido com André Mendonça, ao se
manifestar sobre a aplicação do cancelamento das “Saidinhas”.
A Saidinha é
uma das aberrações de nossa legislação penal que beneficia os criminosos,
permitindo que bandidos, com ou sem tornozeleiras saiam das prisões até cinco
vezes por ano, em feriados e datas importantes como Pascoa e Natal, para
visitar seus familiares.
Parte
significativa desses marginais, obviamente não retornavam, voltando a praticar
os mesmos crimes pelos quais já haviam sido condenados.
Com muita
luta, a sociedade brasileira conseguiu que seus representantes acabassem com a farra, aprovando um projeto de
lei cancelando essa perigosa complacência, que absurdamente foi vetada por
Mula, o maior ladrão de nossa história., mas cujo veto, foi definitivamente revogado pelo Congresso, prevalecendo a lei
aprovada.
Justamente o
“bom menino” André Mendonça, julgando um habeas corpus impetrado pelo advogado
de um preso que pretendia usufruir da “Saidinha”, deu a grande mancada,
alegando em seu despropositado parecer, que a lei não pode retroagir
prejudicando o réu, e que somente deverá ser aplicada aos que forem condenados
a partir da data da publicação da nova lei.
Que grande
cagada do ministro, talvez sem pensar na repercussão de seu ato, levado por uma
fraqueza momentânea de bondade. Cagou e sentou em cima, ferrando com sua
reputação de ser um dos únicos racionais e bem intencionado do STF.
Será que
realmente foi contaminado?
Esperamos
que seja apenas um escorregão, num dia após uma noite mal dormida, por razões
de foro íntimo que atrapalharam seu costumeiro bom censo.
Quiças,
quiças, quiças!
Fora Mula!
José
Roberto- 03/06/24
Perfeito o seu comentário. Pensei, praticamente, e mesma coisa sobre a decisão do André Mendonça. Pois é, não sei onde o Bolsonaro conseguiu achar esta "droga" de Nunes Marques.
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