ALERTA AOS VELHOTES
SABICHÕES
Sábado
retrasado, dia 21, disputando uma aguerrida partida de duplas, tentando
devolver um lobby traiçoeiro, já cansado, exagerei, trombei com a proteção no
fundo da quadra, ricochetei e caí, batendo fortemente o cotovelo.
Jogo
interrompido, era a terceira partida, pessoal preocupado, mas achei que era só
uma pancada dolorida e partimos para nosso canto, onde após as pelejas, degustamos
nossas cervas e tira-gostos.
A tarde, a
dorzinha foi aumentando, o braço esquerdo ficando rijo, com movimentos
tolhidos, e por volta das 18,00 horas, acompanhado de meu filho, fomos a um
pronto socorro ortopédico, o único aberto nas proximidades, onde fui atendido e
diagnosticado.
O médico que
me atendeu, questionou sobre o ocorrido, apertou um ponto dolorido no meu
cotovelo e me encaminhou para as necessárias radiografias.
Como não aceitavam
meu convênio, o atendimento foi particular, e depois das radiografias tiradas,
retornei para completar o atendimento, que nas duas vezes, não demorou nem 10
minutos( 730,00 pratas), o ortopedista explicando que havia uma pequena fratura
na “ponta do rádio”, dizendo que não havia necessidade de gesso, apenas de uma tala,
suporte para manter o braço razoavelmente imobilizado, ao menos durante quatro
semanas.
Para ser
franco, mesmo me mostrando a radiografia e o local da pequena fratura, não
consegui visualizar nada. Receitou
apenas analgésicos caso sentisse dor.
Hoje, 10
dias após o acidente, já liberei a tala e estou quase nos trinques, com pequena
limitação para esticar o braço e levantá-lo, bem como um incômodo no pulso.
Fico cismado se houve mesmo alguma fratura, ou se foi algo bem mais simples.
Já estou até
pensando em bater uma bola, de leve, nesse próximo final de semana.
Algo parecido
aconteceu anos atrás, na antevéspera de uma viagem aos Estado Unidos, jogando uma
partida “de simples”, dando uma rápida marchar
é, caí e machuquei o mesmo cotovelo, o danado do braço esquerdo.
Da mesma
forma, achei que não era nada grave, mas a noite, a dor aumentou e logo manhã
seguinte, as vésperas da viagem, procurei um ortopedista, que após as
radiografias usuais, diagnosticou como uma pequena trinca, não me lembro se no
mesmo ou em outro osso.
Me mostrou e
também não enxerguei nada anormal.
Como era
conveniado, para descolar um extra, propôs que eu optasse por uma imobilização
mais moderna que o gesso comum, bem mais leve, a base de fibra de vidro.
Concordei com
a jogada do ortopedista, e imediatamente, após imobilizar meu braço, milagrosamente,
a dor cessou totalmente.
Voltei para
casa, com sérias dúvidas sobre o tal diagnóstico.
Passei o dia
normal, sem a mínima dor. Embarcamos e ao chegar em Miami, tinha quase certeza
que havia sido embromado, que não tinha nada no cotovelo que uma novalgina não
resolvesse.
Para me
livrar do incômodo, daquele gesso ainda mais resistente que tolhia meus
movimentos, conversei com uma brasileira, moradora na cidade, perguntando sobre
algum médico que poderia retirar o gesso.
Me deu o
telefone de um médico brasileiro, que explicou que não poderia retirar o gesso
por questões éticas, mas se eu quisesse mesmo retirá-lo, bastava entrar numa
banheira com água quente, esperar, e ir retirando as camadas aos poucos, tarefa
de levou umas duas horas.
Para minha desagradável
surpresa, assim que terminei de retirar totalmente o gesso, a dor voltou
turbinada, como se fosse praga rogada pelo médico brasileiro, por duvidar e
fazer pouco de seu diagnóstico.
Sem
alternativas, procurei uma dessas lojas que vendem equipamentos médicos e
hospitalares, comprando uma tala com bandagens autoadesivas, envolvendo praticamente
o braço inteiro, que além de incômoda, custou uma nota.
Quebrou o
galho, embora a dor em intensidade menor, perdurasse durante toda o período da
viagem.
Retornando,
consultei um parente, que recomendou manter as talas por mais três semanas.
A teimosia,
descrença, e o excesso de “sabedoria” de um velhote metido a besta, na maioria
das vezes dá chabu, explode no colo do sabichão.
Importante
não esquecer o sábio ditado: “Velho Morre de Queda ou Caganeira”.
Vivendo e
não aprendendo.
Fora Mula!
José
Roberto- 31/10/23
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