RIO DE
JANEIRO, CIDADE MARAVILHOSA!
Já devo ter
escrito sobre o assunto, pois recordo que anos atrás (sem duplo sentido),
alguns parentes e amigos de Piracicaba, perguntavam se eu não tinha medo de
morar no Rio, pois mesmo naquele tempo em que nós moradores, considerávamos a
cidade tranquila, a Globo insistia em mostrar para o Brasil e para o mundo, apenas
as coisas ruins que aconteciam por aqui.
Argumentava,
que os destaques negativos eram exagerados, que alguns crimes e violência
aconteciam nas periferias e que até mesmo nas favelas, a vida era razoavelmente
tranquila.
Todavia,
infelizmente as coisas mudaram, graças aos dois governos Brizola, que proibiu a
polícia de subir os morros, atitude imbecil, posteriormente reforçada pela
nossa complacente justiça, que continuou a colocar entraves para incursões nas “comunidades”,
entregando-as por inteiro ao domínio dos traficantes.
A situação
era tão propícia, que olhos gordos de ex-policiais e ex- bombeiros, expulsos de
suas corporações, entraram com firmeza no jogo, organizando milicias, dividindo
na marra o domínio das favelas com os traficantes, e após muitas mortes e
embates, chegaram a um denominador comum, ficando o controle da venda de drogas com os traficantes e a
exploração dos “gatos’ de TV, energia elétrica, venda de botijões de gás e construções
irregulares, com os milicianos.
Independente
desse pretenso acordo, as batalhas por ocupação de espação persistem,
atualmente ainda mais exacerbadas, causando inevitavelmente a morte de
inocentes, atingidos diariamente por balas perdidas.
Com a
recentes restrições impostas pelo STF, as favelas cariocas tornaram-se refúgio
seguro para traficantes de todas as regiões do país, que aqui passam uma
temporada, até as coisas esfriarem em seus territórios de origem.
Ultimamente,
tem aumentado a guerra entre traficantes que tentam ocupar espaços de
quadrilhas rivais, o mesmo acontecendo com milicianos, que também pretendem
expandir seus domínios.
O poder
público, as forças policiais, perderam totalmente o controle dessas áreas, onde
os bandidos imperam livremente, desfilando pelas ruelas com armamento pesado,
chegando mesmo a organizar um campo de treinamento para adestrar seus “soldados”,
no uso de armas de última geração e lutas marciais, tudo gravado e divulgado na
mídia, provando quem realmente manda no pedaço.
Se me perguntarem
hoje, se tenho ou não medo de morar no Rio, a resposta será um tanto diferente.
Continuo
adorando a cidade, até me considerando um caipira carioca, pois moro no Rio
desde 1978, a maior parte dos meus 78 anos.
Com
tristeza, digo que a situação piorou muito.
Evito sair a
noite, quando muito, arrisco jantar no shopping Leblon, perto aqui de casa.
Até a famosa
zona sul, Ipanema, Leblon, Lagoa, antigamente região segura e bem policiada,
hoje é também área de risco, com excesso de mendigos e pedintes, trombadinhas e
trombadões, assaltos a mão armada, enfim mesmo com algum exagero de minha
parte, durante o dia estou sempre alerta, a noite, prefiro o refúgio caseiro.
O triste
acontecimento, a morte dos três médicos e outro ferido gravemente, incidente
grave ocorrido num quiosque da Barra da Tijuca, onde bebericaram tranquilamente
a 01,00 hora da madruga, é uma infeliz tragédia, que mancha ainda mais a
reputação já desgastada, de nossa antiga cidade maravilhosa.
Tudo leva a
crer, que foram mortos por engano, confundidos com milicianos, e que nessa madrugada,
os prováveis executores (3) desse lamentável engano, já foram devidamente “justiçados”
por seus líderes, com seus corpos encontrados dentro de um veiculo nas
proximidades do Riocentro.
A justiça
entre esses malfeitores é rápida e inclemente.
Triste
realidade!
Fora Mula!
José
Roberto- 06/10/23
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