TEMER BALANÇA, MAS NÃO CAI

TEMER BALANÇA, MAS NÃO CAI

O resultado já era mais que certo, mesmo assim passei um tempão vendo o tragicômico desenrolar da votação na Câmara dos deputados.

Deve ser meu lado obscuro e masoquista, pois aguentar aquele desfile de idiotices, sandices e fanfarronadas é coisa de maluco ou desocupado, que não tem o que fazer alem de coçar o saco.

Destaque especial ao desconforto e fastio do Presidente bochechudo da Câmara conduzindo a votação, denotando possível insatisfação com a provável vitoria de Temer que viria ocorrer, ou um ataque intempestivo de hemorraidas, que o deixou com o fiofó em brasas. O coitadinho perdeu a primeira chance de sentar os fundilhos no trono presidencial, talvez daí, a cara mal humorada.

Com raríssimas exceções, os probos deputados comprados com verbas e cargos não deram chabú, tascaram  Temer na cabeça, aprovando o relatório do “grande jurista” Abi Ackel, deputado cujo pai esteve envolvido num grande rolo de contrabando de pedras preciosas. Tuti bona gente!!!

A canalhada ao invés de simplesmente dizer sim ou não, a favor ou contra o relatório, sempre dá um jeitinho de buscar  aquele minutinho de fama junto aos holofotes , dizendo barbaridades, a exemplo de Zeca Dirceu, filho do corrupto mor do PT, o principal idealizador do grande assalto aos cofres públicos, que nos microfones “vota pela moralidade e contra os corruptos que independente da posição devem ser submetidos a justiça”, no que estamos de pleno acordo, inclusive com o brado final de “fora Temer”.

Outros igualmente cretinos, tentaram  livrar a cara do chefão apedeuta Mula, atribuindo a crise, o desemprego, a balburdia atual, ao combalido e esquecido Temer, estepe figurativo durante o império petista da corrupção e desordem.

Temer para se manter em pé, simplesmente manteve o mesmo aparato de corruptos a seu lado, herdados dos governos anteriores, pois fraco e sem prestígio, usa das armas e métodos disponíveis para ir levando, cambaleante ate o final de 2018.

Pelo que consta, essa primeira batalha custou entre 5 e 6 bilhões em emendas, liberadas nos dois últimos meses.

O titubeante Presidente deve estar preocupado, fazendo as contas, pois antes de se despedir em meados de setembro,  o “arqueiro” Janot  pretende entrar com mais um ou dois processos, que deverão ser submetidos ao mesmo triste e ridículo ritual.

Será que haverá grana para manter o ritmo de liberação de emendas?

Só esperamos que não haja necessidade de novo aumento da gasolina para cobrir esses gastos emergenciais.

No frigir dos ovos, temos que ir tocando o bonde até o final de 2018 com nosso empalamado e mesoclítico Presidente, pois aguentar aquele carinha de bolacha, mesmo que por alguns meses, seria dose ainda mais indigesta.

Estamos diante do velho dilema: “se ficar o bicho pega, se correr o bicho come”.

José Roberto- 03/07/18