PROFISSÕES QUE NÃO PODERIA ESCOLHER- PARTE I
Ontem, dando a volta na Lagoa, opção de exercício, pois não
tinha um parceiro para uma partida de tênis, tive tempo de sobra para deixar os
pensamentos correrem soltos.
Como detesto andar por andar, tenho que buscar distrações
quando me submeto a essa tarefa inglória, pois o percurso total é de 7,5 km,
levando em média 1 hora e 15 minutos em passo acelerado.
Alem de tentar descobrir alguns cardumes nas águas
transparentes da Lagoa, situação inusitada talvez devido a longa ausência de
chuvas, pensei de tudo um pouco, inclusive nos textos do meu blog, tentando não
ser repetitivo, embora o assunto política e corrupção, forçosamente, tendam a
ser predominantes.
Escarafunchando os escaninhos empoeirados da memória, lembrei
de como e porque escolhi a carreira de economista, ao contrário da maioria dos
jovens piracicabanos de minha época, que
em primeira opção escolhiam Agronomia, a gloriosa Luiz de Queiroz e como
alternativa, o bom curso de Odontologia.
Detalhes sobre minha escolha serão objeto do último texto
sobre o tema, que em princípio, será uma trilogia.
Jamais poderia ter escolhido a Medicina como profissão, pois
alem de não gostar de ver sangue sempre tive medo de injeção.
Recordo do primeiro exame de sangue que fiz, já adulto,
dando vexame, tendo calafrios, vista turva e quase desmaiando. Não me lembro de
ter feitos exames de sangue quando menino.
Talvez até pudesse ser um Clinico Geral, desses que só
examinam o paciente e receitam remédios e tratamentos, nada agressivo ou
invasivo, como cirurgias e similares.
Com o avanço da tecnologia, da industria química e
farmacêutica, poderia até me dar bem como radiologista, especialista em
ultra-sonografia, ressonância magnética e exames modernos de diagnósticos.
Jamais poderia ser um cancerologista, pois não suportaria
acompanhar o sofrimento dos pacientes, principalmente das crianças, que pelos
estranhos desígnios de Deus são acometidas por essa terrível doença.
Difícil mesmo entender, como uma pessoa em sã consciência escolhe
ser Urologista ou Proctologista?
Desculpem a minha ignorância e falta de informação, pois sei
da importância desse ramo da medicina que previne e evita mortes e sofrimento,
porem, não deixa de ser um ramo danado de esquisito.
Quem pode gostar de ficar futucando o fiofó de terceiros, apalpando
próstatas, examinando caralhos, bagos, as partes baixas e pudentas de outrem?
Só pode ser um sadomasoquista enrustido, que se diverte
intimamente ao ver um caboclo de cu virgem ser trespassado por um dedo grosso e
irriquieto, que lhe agride a pregas e as tripas, gemendo baixo diante de
tamanha humilhação.
Para aqueles que como eu abominam o toque retal, alem da
terrível posição “que Napoleão perdeu a guerra” ou cata-cavaco, ouvir aquela
maldita palavra “relaxe” é o prenúncio de uma agressão a um local sagrado, que
para os espadas deveria ser de mão única, caminho natural da merda.
Complementando esses exames dignos de uma câmara de tortura,
existem ainda outros mais modernos igualmente invasivos, tipo Colonoscopia, onde lhe enviam pelo fiofó
uma mini câmera de TV, para examinar os intestinos e a tripa mestra.
Se o exame for feito através de um bom convênio, a vitima
pouco sofre, nada sabendo do “modus operandi” da equipe médica(é melhor não
saber mesmo), pois é sedada e como se diz por aí, “cu de sedado não tem dono”.
Se o cara faz esse exame pelo INSS está duplamente fodido,
pois agüenta tudo a seco. Acredito que nem vaselina passem nos cabos e fios que
lhe são introduzidos no anus, Quando
muito, uma cuspida.
Também não me sairia bem como Ginecologista, mas esse
assunto fica para o próximo texto, na próxima semana ou qualquer dia, se faltar
assunto.
José Roberto- 11/07/16
Para ser médico, com toda a certeza, exite a clara necessidade de vocação. Quantos médicos passaram na nossa vida que identificamos não ter a necessária e completa vocação?
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