O CHORO FINGIDO DA RAPOSA
A dramalhão mexicano em que se transformou o processo de
cassação de um dos maiores corruptos da era PT, dá sinais que finalmente
chegará ao final, já conhecido, esperado e desejado por todos.
Depois de utilizar todos os recursos disponíveis em seu
arsenal de torpezas, de pressões, ameaças e chantagens, Cunha, a raposa do
Congresso começa a baixar a guarda, sentindo que o “pé na bunda” será
inevitável.
Negando a roubalheira, jurando que não tem contas na Suíça,
alegando perseguição do PT e seus aliados, com lágrimas fingidas nos olhos de
fuinha, reclamando dos golpes sujos da justiça que envolveu no rolo sua mulher
e filha e finalmente, dizendo que seu corajoso ato era um auto-sacrifício para
restabelecer a ordem na Câmara Federal, o canalha anunciou com meias palavras,
que renunciava a presidência da Câmara.
O safado evitou utilizar a palavra renúncia, dando a
entender que sua atitude era um ato de coragem e desprendimento em prol da
governabilidade, num momento de intensa crise.
Observando a fidelidade e subserviência do deputado Carlos
Marun, do Mato Grosso do Sul, que só faltou se oferecer em sacrifício para
salvar Cunha, dá para se ter uma idéia de como essa esperta “raposa” tinha
total domínio sob boa parcela dos congressistas.
A experiência adquirida em trambiques aplicados na antiga
Telerj e na Cehab, possibilitou a Cunha após sua chegada a Câmara Federal, um
aperfeiçoamento de seus dotes de corrupto, juntando-se a velhas raposas que
desde há muito se locupletavam com verbas públicas.
Cunha, um corrupto estudioso, decorou de traz para a frente
o regimento interno do Congresso, turbinando a cobrança de propinas, talvez com
alguma troca de experiência com a gangue petista que já dominava com perfeição
o assunto.
Ao embolsar milhões, fruto dos trambiques com as
empreiteiras, Eduardo o evangélico, sempre fez questão de dividir com seus
comparsas o fruto da rapinagem, obviamente documentando os generosos “dízimos”,
a fim de ter a garantia da fidelidade desses sub-corruptos, pois como é sabido,
não existe honra entre ladrões.
Dilapidando o erário, contribuindo para a quebra de empresas
públicas, Cunha foi acumulando riqueza e um grupo de fiel seguidores, mantidos
sob rédeas curtas, tornando-se uma das personagens mais importantes do Congresso
Nacional.
A exemplo de Al Capone, que apesar de todos os crimes
cometidos foi preso por declarações falsas ao imposto de renda, Cunha começou a
se foder, após declarar na CPI da Petrobras, que não possuía contas no
exterior.
Mesmo com a justiça Suíça enviando copia de seus extratos,
dos cartões de assinatura, inclusive da mulher e filha, Cunha continua negando
ser o dono e titular das contas.
Alega ser apenas o beneficiário das diversas contas, podendo
manipulá-las a vontade, pensando que todos somos imbecis.
Andam especulando que essa renúncia foi mais uma de suas
manobras táticas para tentar salvar o mandato, mantendo o foro privilegiado,
pois seu maior temor e cair nas garras do juiz Moro, que já dá uma prensa em
sua mulher e filha.
Cunha, assim como Dilma não tem salvação.
Esperamos apenas o “azeitamento” dos processos, para que
ambos sejam banidos definitivamente da vida pública e se possível, companheiros
de cela em alguma penitenciária de segurança máxima.
José Roberto- 08/07/16
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