OFFICE-BOY DE LUXO
Era uma vez um sujeitinho que sonhava ser juiz, pois caipira
do interior de São Paulo, se babava de inveja ao ver como o Doutor Juiz de sua
cidade era paparicado pelos conterrâneos.
Não se sabe como e com certeza nunca ficaremos sabendo,
conseguiu ingressar e concluir o curso de direito na USP, faculdade de renome.
Tentou vôos mais altos, prestando concursos seguidos para
juiz substituto, sem sucesso.
Levou pau em todas as tentativas, percebendo que seu velho e
querido sonho ficava cada vez mais distante e inatingível.
Todavia, o jovem bacharel Toffoli não esmoreceu.
Notando em meados dos anos noventa, o crescimento dos
movimentos sindicais e do PT no cenário político nacional, ofereceu seus
préstimos inicialmente a CUT, transferindo-se algum tempo depois, de mala e
cuia para o Partido dos Trabalhadores(que nunca trabalharam), grudando no saco
do articulador do partido, o crápula José Dirceu.
Com a eleição do Batráquio apedeuta nove dedos, foi guindado
ao posto de consultor jurídico da Casa Civil, cargo importante ao lado do
manda-chuva corrupto Dirceu, que já tramava a perpetuação do PT no poder,
destacando comparsas corruptos e teleguiados para todos os cargos importantes
do governo e estatais.
Dirceu e outras cabeças pensantes criminosas do PT, já
bolavam na época, as ultra rapinagens do Mensalão e Petrolão, contando com o
apoio de políticos sujos e corruptos, mão de obra farta no Congresso Nacional.
Aproveitando as boas ondas do PT, surfando ora no saco de
Dirceu, que mesmo enrolado continuava dando as cartas no governo, ora no saco
do Mula, conseguiu ser indicado mesmo sem qualificações e competência, para a
chefia da Advocacia Geral da União.
Devido aos bons serviços e a servilidade ao governo e ao
partido, em pouquíssimo tempo, graças a temeridade de um corrupto ignorante, foi
guindado ao mais alto posto da nossa justiça, tornando-se membro de um seleto
clube de juizes, o poderoso STF.
Finalmente o sonho do advogadozinho caipira tornou-se
realidade, e diga-se de passagem, com toda a pompa e circunstância.
O sujeito que não conseguiu passar nos concursos para juiz
de primeira instância, sorrindo, finalmente sentou no trono do Supremo.
Precisamos reconhecer que Dias Toffoli deu provas de
“caráter”, nunca esquecendo e deixando de ser grato àqueles que propiciaram o
alcance de seu grande sonho.
No processo do Mensalão, aliado a outros que como ele
entraram de paraquedas no STF, se esforçou ao máximo para dificultar a
aplicação de penas mais duras ao canalha José Dirceu e sua gangue.
Nunca procurou esconder sua vertente petista, dando sempre
um jeitinho de favorecer ou amolecer os pareceres e votos contra os amigos do
partido.
Chegou em algumas ocasiões mais recentes, até fingir uma
certa independência, como se os grilhões que o prendiam ao partido, houvessem
finalmente rompidos.
Ledo engano e jogo de cena.
Sua intromissão no vergonhoso caso de corrupção envolvendo o
ex-ministro Paulo Bernardo, que embolsava tostões de aposentados, desnudou de
forma definitiva a farsa de independência que ensaiava.
Atropelando todas as instâncias legais cabíveis, aceitou
intempestivamente recurso interposto por advogados do ex-ministro, libertando-o
do xilindró, apesar do cafageste ter sido um dos mentores de um crime hediondo,
contra velhos aposentados, viúvas e viúvos desse fodido país.
Toffoli, demonstrou que não esqueceu de seus patronos.
Continua um servil e obediente office-boy de luxo do
partido.
Aos cidadãos honestos desse país, só resta o recurso de
engrossar as fileiras dos abaixo-assinados ao Presidente da Republica, exigindo
a cassação desse pseudo-juizinho que denigre ainda mais, nossa já cambaleante
justiça.
José Roberto- 04/07/16
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