O CIRCULO VICIOSO DO SETOR ELÉTRICO
A Light está fazendo uma campanha maciça pela mídia, contra
os furtos e desvios de energia elétrica.
Tem publicado em jornais, revistas,
inserções na TV, alertas a população, que “Furto
de Energia é Crime, dá cadeia e aumenta em 17% a conta de quem não furta”.
Furtar energia como qualquer outro
bem ou serviço, obviamente é um crime, sendo também verdade, que a energia
desviada, chamada de “perdas comerciais” é incluída no calculo das tarifas e
rateada entre todos os consumidores.
Todavia uma correção se faz necessária,
pois é um sonoro chute a afirmativa de que todas as contas aumentam em 17%,
pois o valor das perdas comerciais é calculado anualmente e acrescido nas
propostas de reajustes submetidas a ANEEL.
Ocorre que o percentual de perdas
comerciais(fraudes), não é diretamente proporcional aos aumentos tarifários, ou
seja, 17% de perdas apuradas, talvez correspondam a um aumento de que não
chegue a 5%(cinco por cento).
Fraudes ou perdas comerciais
elevadas, indicam que a concessionária não está fiscalizando corretamente seus
consumidores e 17% é um índice bem
elevado.
Nós, moradores do Rio de Janeiro, não
temos dúvidas sobre onde ocorrem parcela significativa dessas perdas.
Basta entrar em qualquer favela da
cidade para constatar o emaranhado de cabos, fios e ligações clandestinas que
se espalham livremente, colocando em risco a rede de energia elétrica.
Qual o eletricista que ousa cortar
essas ligações irregulares?
Só se estiver acompanhado pelas
tropas de choque, mesmo assim tem medo, pois estará sujeito a represálias.
Recordo, que durante o grande
racionamento de 2001, podia observar da nossa varanda toda a zona sul apagada,
temendo multas e suspensão do fornecimento, enquanto ao longe, nos morros das
favelas da Rocinha e Vidigal, as luzes brilhavam incessantemente.
Se a Light tem mesmo a intenção de
reduzir as fraudes, que arranje uma formula para regularizar o fornecimento de
energia nas favelas.
Quanto aos demais fraudadores
eventuais, não residenciais, situam-se
em atividades bem conhecidas(motéis, postos de gasolina, restaurantes e
pequenas empresas e industrias), que já devem sofrer inspeções regulares.
O interessante, é que em meio a
toda essa campanha maciça da Litgh, atualmente é uma empresa privada, leio uma
nota informando que José Luiz Alqueres assumiu a presidência do Conselho da
Eletrobrás, justamente a pessoa que possibilitou o crescimento desordenada das
favelas, quando no posto de diretor adjunto de distribuição da Light,
determinou o fim do fornecimento em grosso(A.T), levando a rede secundária para
o interior das favelas.
O mundo gira, a lusitana roda e o
setor elétrico continua indo de mal a pior.
José Roberto- 15/07/16
Quem tem algum conhecimento do setor elétrico e sobre o cálculo do reajuste tarifário, sabe que a Light está dizendo uma grande besteira com essa propagando mal feita.
ResponderExcluirQue tome coragem e vá cortar as ligações clandestinas nas favelas.
É isso aí Zé!!!
Esta propaganda ou nada é a mesma coisa. Quem realmente sairá lucrando é a empresa de publicidade e não a Light.
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