O BOM EXEMPLO VEM DE CIMA

 

O BOM EXEMPLO VEM DE CIMA

 

O título do texto é bem explícito, pois como dizem por ai, “o STF faz escola”, além de ter o país dominado debaixo do sovaco, já deu mostras que além de mandar e desmandar, gosta de passar bem, encher o bucho com iguarias disponíveis a poucos mortais.

Lembro muito bem, de um edital de compras de “quentinhas” emitido pelo STF, no valor de 1,2 milhões, divulgado pela revista Veja, demonstrando aos brasileiros pagadores de impostos, como nossa Corte é pródiga em selecionar seus regabofes, listando exigências dignas de bilionários do primeiro mundo

Dentre os acepipes listados para café da manhã, almoço, jantar e coquetel(???), destacam-se, camarões, lagostas, bacalhau, siri, pato, cordeiro, codorna e obviamente file mignon, além de temperos finos para enriquecer os saborosos pratos, também especificados no pregão eletrônico.

Para acompanhar as lautas e nababescas refeições, foram relacionados vinhos tintos e brancos, envelhecidos ao menos por 10 anos em barris de carvalho, e todos, com um mínimo de 4 premiações internacionais.

Até para a tradicional caipirinha, são exigidas “cachaças de alta qualidade” envelhecida em barris de madeira nobre, por ao menos 3 anos.

Não entendi muito bem o item “Coquetel”, pois suspeito que sejam bate papos de suas excelências com alguns convidados e puxa-sacos, notando inclusive de não incluírem na fabulosa listagem, o indispensável Scotch, que talvez já tenha sido adquirido a parte, sem levantar murmúrios, pois essa turma de nossa alta justiça, tem muita sede e apetites.

Cambada de malandros de gosto apurado.

Como grafei no título, os ministros fazem escola, pois não é que nessa crise fodida que atravessamos, veio a público uma licitação da Aeronáutica para o Grupamento de Apoio a Belém, uma lista de iguarias, um pouco mais simples, mas também de primeira qualidade, mencionado a compra de camarões, picanha, perus, chester, filés de salmão e complementos.

O valor dessa pequena compra, estimado em 9,9 milhões, deverá azedar, pois além do momento não ser propício, um deputado federal enxerido protocolou em plenário, um requerimento exigindo do Ministro da Defesa explicações sobre essa gasto excessivo e perdulário.

Com certeza, é mais fácil baixar o nível e exigências famélicas da Aeronáutica que do STF, pois os 11 cavaleiros do apocalipse costumam infernizar a vida de quem ousa contrariá-los.

Fatos semelhantes devem estar ocorrendo em todos os órgãos governamentais, especialmente no Congresso, onde o assunto permanece enrustido.

Lembramos que nosso dinheiro não é capim, para esse jumentos ficarem pastando a vontade.

Fora Mula!

 

José Roberto- 16/05/24