“ISSO É UMA
VERGONHA”
Boris Casoy
quase teve um chilique, ao comentar a ousadia vergonhosa do ministro Dias Toffoli,
que anulou todos os atos da Operação Lava Jato proferidos contra ao presidente
da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, alegando “conluio processual” e que a força
tarefa de Curitiba atropelou os direitos do empresário.
A Odebrecht
foi a última das grandes empreiteiras a ser devassada pelo Lava Jato, talvez
por ser as “joias da coroa” e a que mais lucrou com a rapinagem contra os
cofres públicos, principalmente nos governos petistas, faturando alto e pagando
propina a milhares de políticos e dirigentes de estatais.
A imensa listagem
desses políticos e servidores corruptos, era controlada por um sistema
teoricamente seguro, mantido secretamente na Suíça, e dentre os mamadores
constava obviamente o nome do “Amigo”, Mula, o maior ladrão de nossa história.
Toffoli, o
ex-office boy petista, mesmo diante de todas as provas levantadas pelo
processo, diante das delações premiadas de todos os diretores da empreiteira,
inclusive a do próprio indultado, do acordo de leniência firmado e dos bilhões
a serem repatriados aos cofres públicos, teve a extrema petulância de jogar
tudo no lixo, mantendo apenas o acordo para devolução da grana desviada.
Esse
ministro encabrestado fica cada vez mais ousado, culminando com essa decisão monocrática,
totalmente extemporânea, ofensiva e criminosa, que praticamente joga a
derradeira pá de terra, sobre o tumulo do Lava Jato, que vinha sendo enterrado.
Abre caminho para que todos os demais envolvidos no imenso Processo, recorram e
obtenham essa mesma “benesse”.
Simultaneamente
a essa catástrofe vergonhosa, outra decisão estapafurdia da Segunda Turma do
STF, inocenta o canalha mor e cérebro maligno das falcatruas premeditadas do
PT, José Dirceu, da acusacão de corrupção passiva e outros crimes, julgados e
apenados pelo Lava Jato, limpando a ficha do bandido, restaurando seus direitos
políticos, tornando-o apto a concorrer a um cargo eletivo, o que provavelmente
deverá ocorrer, talvez até na próxima eleição de outubro.
A impressão
que fica, diante de todas essas afrontas as nossas leis e a justiça como um
todo, é que em nosso país, “o crime compensa”, desde que os criminosos sejam empresários
e políticos graúdos, com grana e ligações umbilicais aos membros de nossa última
instância judicial.
Convem
lembrar, que a Operação Lava Jato, agora morta e sepultada, que chegou a nos
dar um alento de que nossa justiça era igual para todos, foi também importante
em outros nações, como Peru, Panamá e El Salvador, com ex-Presidentes julgados
e condenados, baseados nas delações de diretores de empreiteiras brasileiras
que atuaram nesses países.
Lamentavelmente
temos que concordar com o espanto de Boris Casoy, embora tal vilania não seja
novidade, pois atos semelhantes ou até piores, já vem sendo desferidos por nossas
autoridades, principalmente aquelas encasteladas em nossa mais alta corte.
Fora Mula!
José
Roberto- 23/05/24
Adptaram o STF como eles queriam. Dividiram em turmas e pior ainda, ministros separadamente julgam processos. Tiraram o ex-presidente, e individualmente estão "salvando" os amigos. U
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