quinta-feira, 23 de maio de 2024

ISSO É UMA VERGONHA

 

“ISSO É UMA VERGONHA”

 

Boris Casoy quase teve um chilique, ao comentar a ousadia vergonhosa do ministro Dias Toffoli, que anulou todos os atos da Operação Lava Jato proferidos contra ao presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, alegando “conluio processual” e que a força tarefa de Curitiba atropelou os direitos do empresário.

A Odebrecht foi a última das grandes empreiteiras a ser devassada pelo Lava Jato, talvez por ser as “joias da coroa” e a que mais lucrou com a rapinagem contra os cofres públicos, principalmente nos governos petistas, faturando alto e pagando propina a milhares de políticos e dirigentes de estatais.

A imensa listagem desses políticos e servidores corruptos, era controlada por um sistema teoricamente seguro, mantido secretamente na Suíça, e dentre os mamadores constava obviamente o nome do “Amigo”, Mula, o maior ladrão de nossa história.

Toffoli, o ex-office boy petista, mesmo diante de todas as provas levantadas pelo processo, diante das delações premiadas de todos os diretores da empreiteira, inclusive a do próprio indultado, do acordo de leniência firmado e dos bilhões a serem repatriados aos cofres públicos, teve a extrema petulância de jogar tudo no lixo, mantendo apenas o acordo para devolução da grana desviada.

Esse ministro encabrestado fica cada vez mais ousado, culminando com essa decisão monocrática, totalmente extemporânea, ofensiva e criminosa, que praticamente joga a derradeira pá de terra, sobre o tumulo do Lava Jato, que vinha sendo enterrado. Abre caminho para que todos os demais envolvidos no imenso Processo, recorram e obtenham essa mesma “benesse”.

Simultaneamente a essa catástrofe vergonhosa, outra decisão estapafurdia da Segunda Turma do STF, inocenta o canalha mor e cérebro maligno das falcatruas premeditadas do PT, José Dirceu, da acusacão de corrupção passiva e outros crimes, julgados e apenados pelo Lava Jato, limpando a ficha do bandido, restaurando seus direitos políticos, tornando-o apto a concorrer a um cargo eletivo, o que provavelmente deverá ocorrer, talvez até na próxima eleição de outubro.

A impressão que fica, diante de todas essas afrontas as nossas leis e a justiça como um todo, é que em nosso país, “o crime compensa”, desde que os criminosos sejam empresários e políticos graúdos, com grana e ligações umbilicais aos membros de nossa última instância judicial.

Convem lembrar, que a Operação Lava Jato, agora morta e sepultada, que chegou a nos dar um alento de que nossa justiça era igual para todos, foi também importante em outros nações, como Peru, Panamá e El Salvador, com ex-Presidentes julgados e condenados, baseados nas delações de diretores de empreiteiras brasileiras que atuaram nesses países.

Lamentavelmente temos que concordar com o espanto de Boris Casoy, embora tal vilania não seja novidade, pois atos semelhantes ou até piores, já vem sendo desferidos por nossas autoridades, principalmente aquelas encasteladas em nossa mais alta corte.

Fora Mula!

 

José Roberto- 23/05/24

 

 

 

 

 

 

Um comentário:

  1. Adptaram o STF como eles queriam. Dividiram em turmas e pior ainda, ministros separadamente julgam processos. Tiraram o ex-presidente, e individualmente estão "salvando" os amigos. U

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