quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

URUCUBACA OU SORTE?

URUCUBACA OU SORTE?

Será que comecei 2015 com o pé esquerdo, ou melhor, com o joelho esquerdo?
Devido a problemas decorrentes da idade avançada, andava com uma razoável dor no joelho direito, principalmente após a disputadas partidas de tênis.
Utilizo uma joelheira bem apertada, que confere uma sensação de estabilidade, permitindo que eu jogue e “vença” as partidas sem perda de eficiência.
A dorzinha chata vem depois.
Talvez, de tanto poupar o lado direito, a danada da dor mudou de lado, transferindo-se para o joelho esquerdo com força total.
Joguei no final de semana, mas as vitórias custaram caro, pois durante a noite, não consegui pegar no sono, incomodado pela dor, principalmente quando os joelhos se tocavam, dando a impressão que levava uma descarga elétrica.
Seguindo os sábios conselhos de minha mulher, logo de manhã tomei o primeiro comprimido de Alginac 1000, um santo anti-inflamatório que após o segundo dia já apresentava resultados.
Meu amigo, parceiro e freguês, Edmar, grande cirurgião plástico com a metade da minha idade, que tem por principal objetivo conseguir me vencer ao menos uma vez até o final de 2015, recomendou que tomasse o anti-inflamatório durante cinco dias, para que pudesse me “pegar de jeito”, manco, no próximo final de semana.
Hoje, quarta-feira, já estou bem melhor, as dores sumiram como por milagre.
Edmar que me espere, pois a sarrafada vai ser de lascar!
Ontem, feriado municipal, dia do padroeiro da cidade maravilhosa, São Sebastião, estava eu tranqüilamente apanhando um solzinho a beira da piscina do prédio, por volta das 11,00 horas, quando de repente, sinto que algo visguento atingiu a minha nuca.
Pensei logo de cara: “ainda bem que não foi bala perdida”, acontecimento comum no Rio atual.
Imediatamente levei a mão ao pescoço e a dita cuja voltou impregnada por uma crosta verde, que não ousei levar ao nariz para perscrutar o aroma.
Puto da vida, olhei para o céu azul sem uma única nuvem e pensei: “porra!, as gaivotas me acertaram!”
Firmei a vista e não vi nenhuma gaivota. Elas costumam sobrevoar o prédio a grande altura, nos prenúncios de mudança do tempo, soltando suas “bombas”, tentando atingir a quadra de tênis, com razoável sucesso, a contar pelas marcas.
Aprofundando a investigação sobre o fiofó certeiro da ave que me atingiu, descartei as gaivotas, pois sua merda é branca e a depositada em minha nuca era verde.
Firmei novamente a vista e topei com algumas andorinhas sobrevoando o prédio.
É uma espécie diferente, maior e meio amarronzada, que faz seus ninhos na grande pedreira que fica atrás do nosso edifício(anexo uma foto).
A cor verde do excremento deve ter sua origem no musgo que surge nas quinas e reentrâncias das rochas, alimento provável dessas andorinhas.
Devo ser o único cara do Brasil, que levou uma cagada de andorinha.
Se fosse de pomba, que infesta o centro das cidades, inclusive Piracicaba e Itanhaém, não seria nenhuma novidade.
Mas de andorinha.....
Minha mulher alega que deve ser um sinal de sorte, pois talvez eu até entre para o livro dos recordes.
Sorte ou urucubaca?
2015 pelo jeito, está prometendo!


José Roberto- 21/01/15

3 comentários:


  1. Acho que realmente você teve sorte.
    Imagine se tivesse sido acertado por uma cagada de urubu?
    Todavia, é melhor se benzer e tomar um banho de sal grosso.
    Abraços,
    Pedro Paulo

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  2. Urubus identificam torcedores do Mengo, desde as alturas... E os castigam pelo mau gosto!
    Luizinho.

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  3. Voce teve sorte, eu fui alvo de uma gaivota. A cagada foi muito maior, da cabeça aos pés.

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