O PRIMEIRO DIA
Quando leio agora pela manhã, Ilmar Franco, afirmando em sua coluna no O
Globo, que “Lula, como se sabe, é uma
reserva moral do governo Dilma”, fico embasbacado, na dúvida, se o
jornalista está de gozação ou falando mesmo sério.
Pelo que tenho acompanhado em seus escritos, tenho quase
absoluta certeza, que Ilmar está apenas citando um dos celebres bordões
petistas, pois o Batráquio, pode até ser reserva do time de futebol dos
puxa-sacos, no qual jogava suas peladas na Granja do Torto, mas “reserva
moral”, eh, eh, eh, boa piada.
Dona Dilma ordenou a seus subalternos, que não discutam
problemas relativos ao julgamento do Mensalão, mas mesmo temendo a ira da
Chefona, a curriola cochicha pelos cantos. Alguns torcendo pela absolvição do
perigoso José Dirceu, mas a maioria torcendo para que se ferre, temendo sua
volta por cima.
No primeiro dia, já deu para sentir quem é quem, quais os
vendilhões do templo sagrado da nossa justiça.
O ministro Lewandowiski realmente nem tentou disfarçar,
vestindo a toga petista já demonstrou claramente seu voto e sua posição,
tentando transferir o julgamento para instâncias inferiores, jogando-o para as
calendas, o que acarretaria a prescrição de todos os crimes pelos quais a
quadrilha mensaleira está sendo julgada.
Triste é ver a cara de noviço constrito, o ex-ministro da
Justiça, Marcio Thomas Bastos, subindo a tribuna para reavivar questão já
definida, tentando desmembrar o processo, para ganhar tempo e evitar a
condenação de seus clientes.
Bastos, apesar de rico não tem falsos pudores, desde que bem
remunerado, defende bicheiros e banqueiros, não fazendo distinção de classes.
O que conta, para sua milionária banca de advogados, é o
“l’argent”.
Dias Toffoli, com as barbas de molho depois dos ácidos
comentários de alguns ministros e ex-ministros do Tribunal, sobre sua dúbia
postura ao não se declarar impedido, ficou na moita. Votou até com a maioria,
tentando demonstrar que não está contaminado pelo vírus petista. Mas essa de
bonzinho não cola. Estamos de olho.
Raçudo mesmo foi nosso grande Joaquim Barbosa, que em
discurso inflamado peitou Lewandowiski , alinhavando com esmero os inúmeros
crimes e atos espúrios cometidos pela
quadrilha de mensaleiros.
Defendeu com ardor, aquilo que todos os brasileiros honestos
desejam; ver essa cambada de malfeitores excluída da política e atrás das
grades.
Chegou a lembrar o famoso Rui Barbosa, cujos sobrenomes até
são iguais, o que talvez não seja mera coincidência, mas sim, desígnios do
alem.
O ministro Joaquim Barbosa é o nosso Pelé, tentando fazer
com que a justiça finalmente prevaleça sobre os ímpios.
José Roberto- 03/08/12
Ao menos no primeiro dia, graças a disposição e coragem do Ministro Joaquim Barbosa, largamos na frente.
ResponderExcluirMas muita água ainda vai rolar, é necessário que os demais componentes do STF mostrem ao Brasil e ao mundo, que finalmente, gatunos importantes não escaparão impunes.
Começou mal! Uma perda de tempo enorme, cada ministro querendo falar mais que o outro, tentando justificar o seu voto, numa decisão que já estava decidida anteriormente. O Toffoli, se ficar, na hora certa votará também certo, com os mensaleiros. Alguém tem dúvida? Se votar contra será condená-los de forma que não haverá condenação. São as condenações que no Brasil são verdadeiros prêmios. Alguém também acredita que os mensaleiros irão para cadeia? Irão devolver o dinheiro arrecadado e nos bolsos de alguns? Só mesmo acreditando em Papai Noel.
ResponderExcluirEu ainda acredito em papai Noel, e espero que pelo menos algum tempo de cana essa cambada tenha que curtir.
ResponderExcluirTemos ter um pouco de fé, e acreditar que nem tudo está perdido nesso nosso pobre país.
Grande JB!!!!
ResponderExcluir