O PAÍS DAS GREVES

O PAÍS DAS GREVES

Trinta e uma categorias de servidores públicos estão em greve, lutando por melhores salários e fodendo o país.

Fodendo principalmente o povo, que sofre com as medidas antipáticas e anti-democráticas adotadas pelos grevistas, para chamar a atenção da mídia.

A Polícia Rodoviária Federal chegou ao absurdo de bloquear a ponte Rio-Niteroi,(em S. Paulo, bloquearam a Dutra) causando um nó no transito das duas cidades, prejudicando milhares de pessoas, impedidas de chegar ao trabalho, inclusive aquelas que necessitavam de atendimento médico.

Nos aeroportos, fiscais da receita muito bem pagos, fazem a maldita operação padrão, obrigando viajantes cansados a ficarem horas na fila, retardando embarques e desembarques.

Nos portos e fronteiras, fiscais alfandegários e da saúde realizam a operação tartaruga, retendo mercadorias indispensáveis, inclusive remédios e reagentes, cuja falta impedirá a realização de exames laboratoriais, podendo custar a vida de inocentes, que dependem dos resultados desses exames para iniciar o tratamento de suas enfermidades.

Um bando de filhos da puta, funcionários públicos que deveriam trabalhar para a população, pois vivem dos nossos impostos, adotam essas medidas absurdas e criminosas para tentar arrancar ainda mais dos cofres da viúva.

Com exceção do professores e médicos, que recebem um salário de merda, as demais categorias em greve, jamais conseguiriam salários semelhantes na iniciativa privada.

Ficam de braços cruzados durante meses, infernizam a vida da população, causam prejuízos incalculáveis à indústria e ao país, e quando retornam ao trabalho altaneiros, com promessas ou aumentos reais, não sofrem desconto de um dia faltoso sequer.

Fazer greve assim é uma moleza.

Se apenas deixassem de comparecer as repartições, sem tumultuar o transito e demais operações, o povo nem perceberia essa porra de greve.

Dona Dilma está pagando caro pela generosidade do antecessor, o Sapo Barbudo, que fazedor de média, concedeu aumentos muito superiores a inflação, à todas as categorias, exceto professores e médicos, pois não gosta de ler, e quando tem qualquer dor de barriga corre para o Sírio-Libanês, hospital privado de primeira linha.

A Presidente sabe, que não existe grana para dar de mão beijada a funcionários que trabalham pouco e que os cofres públicos estão praticamente raspados, com pouco fôlego. Porem não faz nada.

Fica de braços cruzados fingindo que nada acontece, ao invés de pegar no pé desses grevistas safados, que querem mesmo é fazer baderna, como forma de chantagem para obter vantagens salariais descabidas.

Nossa eficiente justiça determina a volta ao trabalho e a manutenção dos serviços essenciais. Os grevistas fingem que atendem as determinações legais e a justiça cega, surda e muda, faz de conta que foi que restabelecida a normalidade.

Por essas e outras, vou torcer para que meus netos sejam todos funcionários públicos, mesmo que o salário não seja grande coisa.

Basta deixar o paletó na repartição para garantir o bico mensal, e trabalhar por fora no que realmente interessa.

Nesse nosso país de segunda, que não é sério, só mesmo dando uma de “garoto esperto” e tocar a vida numa boa.

Não adianta nadar contra a corrente ou contra a maré, afirmo, na minha mera condição de um velho pescador-mergulhador.

José Roberto- 15/08/12