QUARENTENA- DIA 90- MEMÓRIA CURTA
Completamos hoje a “noventena” e pelo andar da carruagem a
coisa ainda vai longe.
Reclamo, mas aguento, pois velho gosta reclamar e de papear
nas filas, habito dificultado pelo distanciamento que temos que manter,
principalmente na fila dos supermercados, onde as normas de isolamento são mais
fiscalizadas.
No sábado, quase perdi a esportiva com um velhote compridão
com cara de estrangeiro. Eu era o primeiro na fila do pão. Virando o corpo para
dar uma olhada nos pães especiais que estavam na vitrine, senti que fui
empurrado por uma daquelas cestinhas tradicionais de supermercado. Olhei e vi o
sujeito me escorando com a cesta. Sou bastante social, mas não aguento
desaforo. Dei-lhe um pequeno tranco soltando ao mesmo tempo a tradicional
saudação “caralho”. O tipo, olhando para minha cara invocada se afastou e não
abriu a boca.
Paramos por aí.
Lendo rapidamente as notícias no jornaleco que continuo
assinando, constato, que todos os colunistas desse pasquim são mantidos no cabresto,
obrigados a falar mal do governo, mesmo as custas de manchar ainda mais suas questionáveis
idoneidades.
Criticam acidamente atitudes e atos do governo atual, que
comparados aos anos petistas, são merrecas, e que passavam batidos, despercebidos
e cotemporizados pela “azeitada mídia”, que não via nada de irregular na
criação dezenas de ministérios, milhares de cargos muito bem comissionados,
embaixadas em países insignificantes com os quais não tínhamos qualquer relação
comercial; empréstimos bilionários do BNDES sem garantias, a Cuba, Venezuela,
Bolívia e países africanos; enfim, desde que as verbas de publicidade vertessem
pródigas, nada contra o desperdício de dinheiro público e a corrupção que corria
solta.
Já comentei que tinha algum respeito por determinados
jornalistas, mas com o estancamento do maná governamental, vai ruindo como um
castelo de cartas.
É o caso de Ascânio Seleme, dentre outros, que tem malhado o
governo em seus artigos, taxando de alta demagogia o fato Bolsonaro pretender
transformar o Bolsa Família, no Renda Brasil ampliando seu alcance.
Tal como Mula, que transformou o Bolsa Escola de FHC em
Bolsa Família, a criação do Renda Brasil não deixa de ser um ato político, para
marcar presença e obviamente garantir voto nos rincões mais desfavorecidos.
O Presidente é mal educado, mas não é burro. Quer deixar sua
marca assim como seus antecessores, possivelmente sem a pecha de corrupção,
estigma e pecado mortal dos governos petistas, inclusive de FHC que só escapou
do Lava-Jato por deferência de Sergio Moro(ainda há tempo de ir em seu encalço).
Nelson Motta, que deve estar ficando gagá e sem assunto para
sua coluna semanal, deu para falar de política com viés suspeito, de senilidade,
incapacidade ou desconhecimento real dos fatos.
Criticou duramente as intenções de Bolsonaro de interferir
na Policia Federal, poder que lhe é conferido pelo Constituição;
Na sexta passada, malhou duro pela pretensa intenção do
Presidente, de indicar para o STF uma pessoa de sua inteira confiança, no caso,
o Secretário Geral da Presidência, Jorge Oliveira.
Um ilustre desconhecido, sem dúvida, e também não sei se reúne
as condições para ocupar tão importante cargo.
Todavia, depois das indicações de Lewandowski, Alexandre de
Moraes e Dias Toffoli (ex-office boy petista), qualquer um pode ser nomeado
para o cargo, até mesmo EU.
Por essas e outras que não ouso chamar esse, que deveria ser
nosso mais importante órgão da justiça, de SUPREMO ou SUPREMA CORTE”.
STF já está de bom tamanho, até exagerado.
Pequena mostra, que verbas governamentais fartas para a
mídia, anestesia e amestra a maioria da classe, principalmente a localizada nos
grandes centros urbanos, formadores da opinião pública.
José Roberto- 15/06/20
Nenhum comentário:
Postar um comentário