QUARENTENA- DIA 105- A GRIPE E OS POBRES
Escrevi esse texto ha 11
anos, demonstrando que nosso país e nosso povo não mudam. Vivemos um circulo
vicioso que se repete e dessa vez muito mais sério e com terríveis consequências.
Se antes os políticos eram nossa desgraça, hoje temos o reforço do STF , que
juntos, torcem para o naufrágio do país.
A GRIPE E OS POBRES
Ontem, vendo um desses noticiários da TV, fiquei
impressionado com o número de pessoas que aguardavam atendimento nas portas e
corredores dos hospitais públicos.
Homens, mulheres, crianças, mães com bebes no colo, velhos,
amontoavam-se aguardando senhas para consultas ou obtenção de remédios,
partilhando um ambiente contaminado, propício para a disseminação do vírus.
Essa gripe suína, que nada mais é que uma gripe comum, por
razões estranhas ou comerciais, foi tratada pelos meios de comunicação como um
novo flagelo, incutindo o medo e o pânico, principalmente nas camadas mais
humildes da população.
De nada adiantam as recomendações das autoridades
sanitárias, esclarecendo que essa gripe é muito menos letal que a dengue e
outras doenças com as quais convivemos normalmente, sem sobressaltos e sem essa
histeria geral.
Quanto mais tentam tranqüilizar a população, mais aumentam
as filas nos hospitais, funcionando no sentido inverso.
Os únicos felizardos com a situação geral de pânico, são os
donos e acionistas do laboratório que produz o Tamiflu, antiviral caríssimo, cuja produção não
consegue atender a crescente demanda.
Estão faturando horrores e pelo jeito, a coisa ainda vai
longe.
Sem pretender discriminar ou ser pejorativo, pobre adora hospital.
Ao menor espirro, resfriado ou dor de cabeça, procura a rede
pública, onde na maioria das vezes é atendido a distância, por telepatia, mas
saindo feliz com uma receita e um atestado médico, que lhe garante uns dias de
folga.
Essas mães que levam seus bebes para consultas
desnecessárias, por imprudência e ignorância, expõe seus filhos à contaminação
por germes e bactérias que povoam os ambulatórios, criando problemas na
tentativa de solucioná-los.
Quem viu as cenas mostradas ontem na TV, mesmo sem ser do
ramo, conclui que essa gripe e outras, têm tudo para se alastrar.
Temos o hábito de criticar os poderes públicos por não
aparelharem os hospitais com os recursos necessários, mas para atender essa
multidão de apavorados não há jeito. Não há médicos ou dinheiro que chegue.
Nossas autoridades sanitárias deveriam deixar claro, que as
mortes provocadas pela gripe são efeito secundário, ou seja, falar claramente à
população que essa gripe não mata, a não ser aqueles que já estão com o “pé na
cova” ou no “bico do corvo”.
Dor de barriga, queda e caganeira(diarréia) matam muito
mais!
O importante é o governo intensificar a campanha para
afastar a população dos hospitais e postos de saúde, que na atual conjuntura,
são os principais focos disseminadores da doença.
Mas que use linguagem comum e inteligível, sem rapapés e
jargões técnicos.
O ideal, seria confinar todos os portadores do vírus no
Congresso.
Como hoje os infectados não chegam a dez mil, poderíamos
tornar útil um local que somente têm causado tantos prejuízos e vergonha ao
país.
José Roberto- 21/07/09
José Roberto-
30/06/20
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