TROCA-TROCA
Ainda bem que minha mulher não consegue publicar pelo
celular seus comentários no meu Blog, pois me esculhamba com gosto.
O texto de ontem achou horrível, de mau gosto, típico de um “street
kid” que fui e segundo ela, continuo sendo. Com algum polimento forçado, mas o
mesmo de sempre.
Não posso renegar minhas origens, pois nos meus tempos de
criança e adolescente, nosso parque infantil eram as ruas, com poucos carros,
sem violência, seguras, com dois ou três bêbados inofensivos e nossos
conhecidos, a televisão e os games pertenciam ainda a um futuro distante.
Burro velho, com um pouco mais de verniz, mais bem
informado, detestando políticos especialmente os vermelhinhos corruptos do PT,
PSOL e assemelhados, posso dar vazão aos meus piores instintos(parodiando
Roberto Jefferson), destilando palavrões e minha raiva contra essa cambada que
quase conseguiu destruir o país, inclusive nossa porcaria de sistema
judiciário.
Escrevo para eu mesmo e para uma dúzia de amigos e
desconhecidos que gastam seu precioso tempo lendo meus despautérios.
Posso me expressar de acordo com meu humor momentâneo,
postando as besteiras e até as verdades que quiser, o que todavia, não poderia
jamais ocorrer com um Presidente da Republica.
A importância e liturgia do cargo exige descrição, pudor,
honestidade, bom censo, comedimento, seriedade e acima de tudo cuidado com as
palavras, pois sempre haverá a turma do contra para interpretá-las da pior
forma possível.
Infelizmente é o que acontece com Bolsonaro, que apesar dos
conselhos que obviamente recebe da ala militar pensante de sua equipe, deixa
fluir livremente sua verve, formada a beira do Rio Iguape e nas conversas
rasteiras dos quartéis.
Depois de substituir uma dupla de corruptos que solaparam o
Brasil, não adianta apenas ser honesto. É preciso alinhar a esse importante
handicap algumas virtudes e um certo jogo de cintura, pois as vezes a
sinceridade excessiva pode atrapalhar, bem como pronunciamentos impensados e
brincadeiras de péssimo gosto.
Um Presidente não pode recomendar nem de brincadeira, que o
povo, para contribuir com o meio ambiente, defeque apenas dia sim, dia não.
Muito pior a peça que tentou pregar em Sergio Moro, numa
solenidade com a mídia presente, onde sugeriu ao Ministro fazer o “troca-troca”
com outra autoridade que assumiria o púlpito, molecagem grosseira e inoportuna,
deixando Moro sem graça, que ainda completou: “só de lugar”.
Com esses contínuos escorregões Bolsonaro já está cansando aqueles
que o apoiaram.
O Presidente precisa urgentemente dar uma guinada em sua forma
agir, pois desgasta sua administração num momento grave, em que se tenta
implantar medidas importantes ao destino do país.
Se quiser ser grosseiro e tosco, que seja em casa, com seus
filhos que bem precisam de um puxão de orelhas.
José Roberto- 13/09/19
Será que o Bolsonaro quer deixar como legado também um dicionário "das besteiras" que ele fala a torto e a direito, quase que todos os dias?
ResponderExcluirEle precisa de ser informado que o Sérgio Porto, também conhecido por Stanislaw Ponte Preta, já escreveu, em 1966, o FEBEAPÁ - O Festival de Besteira que Assola o País. Vale a pena também lembrar que a Dilma propiciou a criação do "DILMÊS": O Idioma da Mulher Sapiens.