UM LAMENTÁVEL 7 DE SETEMBRO

UM LAMENTÁVEL 7 DE SETEMBRO

Sitiada em seu castelo de conto de fadas(e de fodas no povo brasileiro), Dona Dilma deveria ter tomado uma dose de “simancol”, alegando um dor de barriga repentina, deixando de comparecer e passar vexame no tradicional desfile de 7 de setembro.

Temendo panelaços, buzinaços e de quebra, aumentar o anedotário popular com seus discursos sem pés nem cabeças, a Presidanta abdicou de seu falatório, demonstrando um mínimo de sensatez.

Deveria ter passado a bola ao vice, Michel Temer, que de repente desandou a falar pelos cotovelos, de olho gordo, cobiçando o trono da desastrada Senhora.

De birra com seu estepe, Dona Dilma subiu a rampa dando as costas ao falastrão, de mãos dadas com seus asseclas, Mercadante e Edinho, recém denunciados por ligações ao propinoduto do Lava-Jato.

Pela primeira vez na história do nosso país, foram construídas barricadas, isolando a Presidanta e seu séqüito no púlpito, para que pudessem assistir ao desfile, sem qualquer contato com o público, temendo as inevitáveis vaias e demonstrações de desapreço.

O ronco dos motores dos carros de combate e o tropel dos cavalos das tropas montadas, não foram suficientes para ofuscar a algazarra da multidão, que do outro lado das paliçadas, bradavam lemas de ordem, exigindo reformas urgentes e o fim da corrupção.

O muro da vergonha, construído as pressas pelo cerimonial, não teve altura suficiente para poupar os olhos da Presidenta de visões desagradáveis.

Saracoteando nos céus de Brasília, o abre alas dos insurgentes, o famoso bonecão Lula-Pixuléco, ganhou finalmente uma digna companheira, Dilma-Pixuléca Pinóquia.

Uma importante data cívica, que sempre se caracterizou pela entrega insípida de medalhas e discursos pomposos sobre os feitos de nossos heróis, foi subvertida por uma passeata de cidadãos insatisfeitos, cansados de mentiras e falsas promessas, exigindo mudanças e melhor qualidade nos serviços básicos que nos são prestados.

Dona Dilma e sua corte deve ter recebido mais esse recado, pois asilada em seus palácios em Brasília, teme transitar de “cara limpa” por solo brasileiro, refém de suas próprias cretinices.

Até quando essa Senhora terá culhões para agüentar tamanha rejeição?

Ao contrário de Jânio Quadros, que renunciou denunciando pressão de “forças ocultas”, Dona Dilma deveria pedir o boné, alegando pressão de todos os setores da sociedade, visíveis e quantificados.

Que tenha um mínimo de juízo, antes do inevitável impeachment.

José Roberto- 08/09/15