ESCREVI ESSE TEXTO HÁ MAIS DE OITO ANOS E TUDO CONTINUA NA MESMA, FAZENDO COM QUE SE MANTENHA BEM ATUAL. ATÉ OS PERSONAGENS SÃO BASICAMENTE OS MESMOS.
A CORRUPÇÃO NÃO TEM CURA
Tentando analisar o caos moral em que se encontra o país,
cheguei a uma triste e definitiva conclusão: a corrupção é uma doença
incurável.
Muito pior que o câncer, tuberculose, doenças coronárias,
diabetes e até mesmo que a aids.
Para todas essas doenças por mais terríveis que sejam,
existem tratamentos, remédios paliativos que se não curam, garantem pelo menos
uma sobrevida. Com a corrupção a situação é diferente.
Ela é transmitida genéticamente, por contágio direto, via
saliva, via sexo, pelo ar, pela terra, pela água, mas principalmente pelas
“contas bancárias”.
Não existe remédio, vacina ou preservativo que previna o
agravamento dessa epidemia que se espalha aos quatro ventos, encontrando solo
fértil na classe política e nos funcionários públicos lotados em altos cargos,
obviamente indicados pelos políticos.
Como casos típicos da hereditariedade e transmissão sexual
dessa doença, podemos citar dois exemplos recentes, os graves eventos com
família Paulo Salim Maluf e o do milagreiro multiplicador de bois Renan
Calheiros.
Pais, filhos, irmãos, esposas, cunhados, sobrinhos, netos,
namoradas, teúdas e manteúdas, cupinchas e apaniguados, todos contaminados “a
revelia” por esse desgraçado mal, sendo obrigados a conviver com o difícil dia a
dia, despendendo esforços para controlar os saldos de suas gordas contas
bancárias e os inúmeros bens em nome de parentes e laranjas.
O grande problema dessa praga é que ela não é mortal, pelo
contrário, torna as pessoas contaminadas por esse vírus mais lustrosas, obesas
e risonhas, pois usufruem com prazer dos sintomas e remédios da doença, cujo
efeito colateral atinge apenas a terceiros.
É óbvio que os recursos desviados por esses “pobres doentes”
causam a morte e desgraça de milhões de brasileiros, privados de hospitais,
remédios, água potável, esgotos tratados, estradas transitáveis, merenda
escolar, segurança e muitas outras coisas básicas, que deveriam ser garantidas
pelo estado.
A incrível voracidade dessa doença em sugar a verbas
públicas para aplacar suas dores, sangra o erário, restando muito pouco para
ser aplicado em serviços e benfeitorias aos não contaminados.
Estamos diante de um dilema, um verdadeiro beco sem saída,
ou talvez, a única saída seja assumir o risco do contágio.
Infelizmente, não temos esperança de que surja um gênio
capaz de descobrir uma vacina eficaz, para extirpar de vez, esse grave mal que
nos assola.
Talvez somente com a vinda de um novo Messias, mas não
fazemos por merecer.
A solução é trabalhar
em dobro e pagar mais impostos para sustentar nossos “pobres doentes
corruptos”!
Eles não têm culpa, são doentes(o culpado somos nós que os
elegemos).
José Roberto- 18/06/07
Zé,admiro a sua perseverança.Para minha ex-mulher,a solução seria a via Mussolini,Fidel Castro,etc...
ResponderExcluirMas,no fim,tudo termina no mesmo: as moscas mudam,a merda é a mesma.
Acredito que a solução,(se houver) vai ser pelo transcorrer do tempo,pois à exemplo nosso,os USA,também tiveram os mesmos problemas,e acabaram melhorando,pela difusão da cultura.
Infelizmente,não posso esperar tanto tempo (estou passando os 80 anos),mas a esperança fica.Abçs
Concordo com o comentário acima. Para nós o tempo de melhorar o Brasil já passou. Quem sabe os jovens que estão conhecendo a política agora, com todas as roubalheiras estampadas na mídia em geral, possam fazer algo para o futuro do Brasil. Para nós o país do futuro não aconteceu.
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