SABOTANDO O LAVA-JATO
Até mesmo um velhote desconfiado com eu, estava achando
tratar-se de uma situação surreal, pois pela primeira vez na história do nosso
país, chefões do crime lesa pátria, que sempre acreditaram na impunidade,
estavam sendo recolhidos ao xilindró para prestar contas à justiça.
Será que o tradicional conceito de que a justiça é igual
para todos, estava finalmente fincando raízes em nosso corrupto país, onde nada
funciona a contento?
O primeiro alento surgiu com nosso Pelé, Ministro Joaquim
Barbosa, que no Mensalão, a duras penas, conseguiu dar uma leve rasteira dos
larápios petistas.
Eis que as esperanças se reacendem, com o Juiz Sérgio Moro e
sua equipe, que puxando ao acaso a meada de um simples posto lava-jato, descobre
aquele que viria a ser o maior caso de corrupção e roubalheira da historia do
Brasil e talvez do mundo.
O inacreditável estava por acontecer.
Presidentes e diretores de empreiteiras começam a ser
presos, o mesmo acontecendo com diretores da Petrobrás, a galinha de ovos de
ouro desse time de corruptos, que desviaram bilhões dos cofres da petroleira,
que quase foi a falência.
Ao mesmo tempo, políticos que indicavam os ladrões para
postos chave na estatal, fazendo por tabela seu pé de meia, também foram
arrolados no escândalo, mas por ter foro especial, escaparam das sanha
justiceira do Juiz Moro, contando com o beneplácito dos ministros do Supremo,
onde a justiça caminha a passos de tartaruga.
A retaliação era mesmo questão de tempo.
Talvez por inveja, pois o Juiz de Curitiba é o senhor
absoluto da mídia, ou por reconhecimento aos que os conduziram a tão importante
cargo, os ministros do STF finalmente “botam a manguinha de fora”, e começam a dar um refrescos aos bandidos,
livrando-os da mão pesada do Senhor Moro.
Fatiando os processos do Lava-Jato, cujas investigações
desvendaram a roubalheira em diversas estatais e ministérios, os ministros do
Supremo restringem a atuação do Juiz Moro , transferindo para outros estados e
outros juizes, partes do processo que estavam sob a tutela do justiceiro do
Paraná.
Tendo como base o processo contra a senadora Gleisi
Hoffmann, que recebeu propina por facilitar contratos no ministério do
Planejamento, onde seu marido dava expediente(o marido foi promovido a
Presidente de Itaipu), a maioria dos juizes do Supremo optou por transferí-lo
para a justiça federal de São Paulo, alegando que a sede da empresa corruptora
estava plantada em solo paulista.
Apenas três ministros do STF foram contra esse
desmembramento, Gilmar Mendes, Celso de Melo e Luiz Roberto Barroso, os demais,
capitaneados pelo Office-boy petista Toffoli,
apoiado pelos suspeitíssimos Lewandowiski, Teori Suvaco de Cobra e o
novato e desqualificado Fachin, engodaram os demais, para solapar o magnífico
trabalho que estava sendo realizado pelo Juiz Moro, promotores e policia
federal.
Era essa a oportunidade que esperam os advogados dos
corruptos que estão sendo espremidos pela equipe de Curitiba.
Esses espertalhões regiamente pagos, ensaiam novos pedidos
de fatiamento, tentando livrar seus pupilos da mão pesado do Juiz Moro,
buscando novas jurisdições e magistrados mais complacentes.
A postura inadequada da nossa Corte Suprema, nos deixa com
um pé atrás, sobre a forma e a condução do julgamento dos processos dos
políticos arrolados e enrolados no Petrolão e similares.
Estava tudo caminhando muito bem para ser realidade, num
país, que com toda certeza, não é sério.
José Roberto- 24/09/15
Somos um pais de esforços e merecimentos individuais - Joaquim Barbosa e Sergio Moro. Pois em atuaçao coletiva somos o que merecemos - quem mandou eleger Tiririca, Maluf, Romario e outros. Nosso STF conseguiu enfim dar um passo contra o Juiz Moro - mantenho la no fundo somente esperança que isso nao represente o atropelo de todo o processo do Lava Jato - ainda nao cairam os figuroes - que por sinal estao muito blindados.
ResponderExcluirA verdade dói e gera ódio. Os políticos odeiam o Juiz Sérgio Moro. Só o processo do lava-jato se aproximar dos já blindados políticos, que começa o primeiro desmenbramento do processso para outros juízes. Era de se esperar, pois estamos vivendo numa bandalheira total e o juíz Sérgio Moro, na esfera política, não tem como segurar todos os processos na sua mão. Acreditar que os políticos sofrerão grandes penas e reclusões é muito difícil. Mais uma vez quem perde é o país e os jovens que esperam um futuro melhor para o Brasil.
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