NÃO SEI DE NADA

NÃO SEI DE NADA

Definitivamente o Brasil é a terra dos políticos, dirigentes e administradores que não sabe e nunca souberam de nada.

Entenda-se como “nada”, a roubalheira desenfreada que campeia em todas as empresas ligadas ao governo, em montantes inconcebíveis, inimagináveis para pessoas comuns e honestas, equivalendo a milhões de Mega-Senas(parâmetro mais acessível aos neófitos).

Não saber de “nada” é tudo de bom para esses corruptos disfarçados, fechando os olhos e dando as costas para os trambiques, não se incomodando quando  parte do butim é depositado em suas contas secretas, ou mesmo escondidas em suas meias e cuecas.

Esses safados provavelmente acreditam em milagres, pois “não sabem como aquela grana preta surgiu em suas contas, como os saldos não param de crescer, só podendo mesmo ser obra do “além”.

Esqueceram que o “além” tem nome, endereço e CNPJ, na maioria das vezes apelidado de “empreiteira”.

Depois que o Batráquio apedeuta jurou de pés juntos, que “não sabia de nada”, que nunca notou o grande movimento de emissários carregando valises  e pastas incriminadoras que procuravam a sala ao lado, desconhecendo que seu braço direito, capitão de seu time, era o chefe da quadrilha dos mensaleiros, tramando desfalques e maracutaias em sua barbas, esse mote virou moda.

Como a diretoria da Petrobras nunca percebeu que bilhões eram desviados, que os contratos firmados pela empresa, quase a metade sem concorrência, eram superfaturados e super aditados?

Ou todos eram e são muito ingênuos, ou são todos parceiros envolvidos na grande jogada.

Mesmo que um ou outro não tenha levado grana pecou por omissão, pois impossível não notar “bilhões de barris” serem desviados para dutos clandestinos.

Fico na cisma se essa colocação não abrange também as superintendências e departamentos técnicos, cujos titulares também não notavam nada de anormal nessas tenebrosas transações.

Um verdadeiro mar de lama, respingando em quase todos, levando a empresa a uma situação de indigência total, com dívida superior ao patrimônio, só não quebrando porque é estatal.

Eu tenho certeza que não sei de nada, mas desconfio “pra cacete”!

Se algum diretor ou algum conselheiro souber de alguma coisa, que atire a primeira pedra.

José Roberto- 21/11/14