TAL PAI, TAL FILHO!
CAPÍTULO 1
Um movimento iniciado em São Paulo, tenta obter assinaturas
com o intuito de propor um projeto de lei, acabando com a reeleição para cargos
executivos(presidente, governador e prefeito), limitando a duas ou três
reeleições os demais(senador, deputado e vereador), e o mais importante,
impedindo a candidatura de filhos de políticos, em exercício ou não do mandato.
Dessas proposições, encaro com especial simpatia o
impedimento oficial de que membros da prole política, possam seguir a trilha
dos pais.
Nosso país é um triste exemplo dessa permissividade, que
permitiu ao longo dos anos a manutenção de verdadeiras “Capitanias
Hereditárias”, em diversos rincões do país.
O Maranhão é “hours concours” nesse quesito, com o clã do Marimbondo de Fogo Sarney dominando o
estado a mais de cinco décadas, deixando-o em petição de miséria.
Não satisfeito com o resultado do botim, passou o cetro para
a filha Roseana, bandeando-se para o Amapá, elegendo-se senador com uma centena
de votos, obtendo alvará para atuar em Brasília, manobrando e aprontando como
presidente do Senado.
Roseana não traiu as origens, sugou o que pode e mais um
pouco, despedindo-se agora, enrolada em novas denuncias, mas deixando um
provável sucessor de estirpe.
Lobão Filho, exatamente filho do Lobão Pai, também envolvido
no recente escândalo da Petrobras. Crias da turma do Sarney, que aproveitaram
para tirar uma casquinha, nos intervalos em que os membros do clã, “gozavam
merecidas férias”.
Lobinho Filho, anteriormente conhecido em São Luiz e
cercanias, como “Edinho Trinta Por Cento”, desde que virou senador biônico
substituindo o Lobão Mau pai, deu um jeito de desgrudar do apelido jocoso, que
deve ter lá suas razões para lhe ser imposto, por motivos não muito difíceis de
serem depreendidos.
Está muito bem cotado para suceder a indomável Roseana, pois
o povo do estado já deve estar acostumado com a espoliação e maus tratos e
talvez goste de continuar dependente dos programas sociais.
Alagoas é outro estado peculiar, que nos deu o Saco Roxo
Collor de Mello, político trambiqueiro, que conseguiu enganar a nação por um
certo período, mas deposto, continua enganando e sendo eleito pelo povo do seu
estado.
Collor trouxe para o andar de cima da política, o aguerrido
cachaço Renan Calheiros, alagoano porreta, dono de um plantel de vacas que
davam duas crias por ano, e de quebra, vendia para um simples açougue de
Maceió, mais de 100 bois por dia, a preço de ouro.
Como se não bastasse, contava com os favores de uma
empreiteira, para custear as despesas de uma segunda família.
O filhote de Renan, como não poderia deixar de ser, também
se chama Renan Filho. Não tenho
informações sobre a eminente figura, atualmente deputado federal, mas sendo
filho do cachaço, não tenho dúvidas.
Está muito bem nas pesquisas, com grande possibilidade de
ser eleito governador do estado.
Renan tem ainda outro filho, que é deputado estadual.
Incrível a capacidade do povo dos estados do Norte e
Nordeste em manter esses “coronéis” no poder, não levando em conta os
escândalos, a roubalheira e o atraso
imposto por administrações corruptas e temerárias que perduram por anos e anos,
repassada entre pais, filhos, agregados e cupinchas.
Não, que nos estados das demais regiões o povo seja
diferente. Talvez os políticos sejam mais cuidadosos, disfarçando melhor, mas
tapeando o povo exatamente da mesma maneira.
O povo gosta de ser enganado, principalmente se o nome do
candidato for “Ladrão Filho”.
José Roberto- 12/09/14
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