UM BOM COMEÇO
O ministro Lewandowiski começou com o pé direito(direito
dele, mas esquerdo nosso) ao afirmar em seu discurso de posse, que “graças ao
judiciário, o Brasil é uma ilha de tranqüilidade”.
Continuando seu delírio verborrágico, o novo presidente do
STF reclamou dos baixos salários recebidos pela classe como um todo, não
remunerando adequadamente os juizes, considerando a relevância do serviço que
prestam a nação.
O homem é realmente um pavão enfeitado, e nos dois itens
citados demonstra total desconhecimento da realidade brasileira.
“Ilha de tranqüilidade” uma pinóia!
Obviamente para ele que anda com meia dúzia de seguranças
até para ir ao banheiro, tudo corre as mil maravilhas, enquanto o cidadão comum
pensa duas vezes antes de andar sozinho pelas nossas ruas, de dia, pois a
noite, não escapa de um assalto.
País com mais de 50 mil assassinatos anuais, traficantes e
milicianos dominando morros e bairros, trombadinhas nas zonas centrais,
assaltantes nos cruzamentos, arrastões nas praias, balas perdidas que encontram
alvos inocentes, esse é o retrato da nossa “tranqüilidade”.
E ainda reclama do salário, que considera baixo, esquecendo
que recebem ajuda de custo para moradia, não pagam carro nem gasolina, recebem
adicionais inexplicáveis, alem de desfrutarem de quase três meses de férias por
ano, sem contar recessos e feriados.
Não podemos esquecer os planos de saúde do judiciário,
principalmente da mais alta corte, que livra os nababos das agruras do sistema
público, pois ao menor sintoma de uma simples dor de barriga, se mandam para o
Einstein ou Sírio Libanês, com todas as despesas pagas pelo erário. Inclusive
as passagens áreas.
Para quem chegou onde chegou, por indicações, troca de
favores, sem jamais ter prestado concurso para ocupar a cadeira de juiz,
entendo que o ministro Lewandowisky começa sua gestão meio afoito,
choramingando de pança cheia.
Convem lembrar ao ministro, que se os bandidos não fossem
liberados com tanta facilidade após serem presos, com hábeas corpus concedidos
a granel, se nossas penas não fossem tão curtas e regressivas, talvez
pudéssemos ter uma pequena amostra da “tranqüilidade” mencionada.
Tenho “uma puta inveja” da Suprema Corte dos USA, onde os
ministros são austeros, discretos, evitam a imprensa e não dão entrevistas.
Apenas se manifestam nos autos processuais.
José Roberto- 18/08/14
Zé
ResponderExcluirNão se esqueça, que não somos um país sério.
De Gaulle e muitos outros tinham e tem razão.