DE DIA FALTA ÁGUA, DE NOITE FALTA LUZ
A marchinha “Vagalume”, lançada com grande sucesso no
carnaval carioca de 1954, sacode a poeira e retorna com fôlego novo, prometendo
ser destaque no próximo ano, nas duas capitais mais importantes do país.
São Paulo já atravessa uma crise brava, com o abastecimento
de água numa penúria desgraçada, forçando a Sabesp a espremer a lama do fundo
das represas, numa derradeira tentativa de molhar os canos ressequidos,
entregando algumas gotas aos sequiosos consumidores.
Para remediar essa secura total, o governo paulista tentou
até reter as águas do Rio Jaguari, afluente do Paraíba, causando um sério
imbróglio com os fluminenses, ameaçados de redução da capacidade de geração
elétrica pela diminuição da vazão do rio.
Entre tapas e beijos, Pezão e Alckmin fumaram o cachimbo da
paz, tendo como testemunhas a ANA e ONS.
Por enquanto luz não está faltando, graças a retração das
atividades econômicas do país, principalmente do setor industrial, onde as
perspectivas não são nada favoráveis, com previsão do PIB próximo a zero.
Acredito, que o único setor que não está preocupado com a
crise, é o ramo que atua na fabricação de geradores, pois quase todos os
prédios da zona sul do Rio de Janeiro estão comprando e instalando esses
equipamentos, conseqüência direta da péssima manutenção da Light, herança
maldita da EDF, que deixou a bomba para a Cemig, sua sucessora.
O fato, é que nós, consumidores da Light, estamos pagando o
pato e o custo dos geradores(quotas extras condominiais).
A situação do setor elétrico está tão ridícula, regida por
trapalhões que não são do ramo, a ponto das concessionárias que deveriam
prestar um serviço público em beneficio dos consumidores, estarem mais preocupadas
em faturar o máximo no balcão de negócios que se tornou o comércio de energia
elétrica.
Os jornais de sábado, 16/08/14, noticiaram que a Cesp, Copel
e Cemig, triplicaram seus ganhos com a venda de energia nos contratos de curto
prazo, firmados com consumidores eletro intensivos.
Lembramos que essas três empresas, as mais sadias, não
aderiram ao enganoso e imbecil plano eleitoreira da Presidente, que forçou a
baixa das tarifas em 18%, falsa alegria que durou curto período, pois os
repiques voltaram com força total, alem das indenizações bilionárias que estão
sendo pagas as concessionárias que aderiram a essa temeridade, custo que será
repassado aos consumidores, logo após as eleições.
A única esperança para que a situação se amenize no próximo
ano, é a ocorrência de um novo dilúvio nas regiões sudeste e nordeste, coisa
pouco provável, pois Deus já deve estar cansado de tanta velhacaria cometida
pelos brasileiros, que não sabem escolher seus políticos, nem seus técnicos de
futebol.
Não somos um país sério!
José Roberto- 19/08/14
Se São Pedro não tiver pena dos brasileiros, estaremos definitivamente ferrados, pois nossa conta de luz irá as alturas.
ResponderExcluirBanho até que não faço conta de racionar.