PAIS E FILHOS QUE SÃO
PAIS
Quem acompanha meu Blog sabe que não deixo passar em branco
essa data tão importante, mesmo sabendo tratar-se de uma jogada comercial para
estimular as vendas, pois todo dia é dia dos pais.
O atraso do texto é justificado pela ausência temporária do
escritório, acompanhando minha mulher numa cirurgia bem sucedida, com a graça
de Deus.
O verdadeiro pai não se omite jamais de suas
responsabilidades. Não por obrigação, por respeito as leis e a sociedade. Mas
por amor.
Um filho, gerado num sublime ato de amor, acende no coração
do pai uma chama imorredoura, incomensurável.
Mesmo antes de sua chegada ao nosso mundo, hibernando nas
águas plácidas do ventre materno, aquela coisinha misteriosa abranda e aquece o
coração paterno, ansioso, aguardando o inesquecível momento das apresentações.
Ao contrário da mãe, que desde a fecundação consegue sentir
e comunicar-se com o filho aconchegado em suas entranhas, num verdadeiro
milagre simbiótico, o pai, apenas pelo tato, através de pele, consegue
transmitir alguns sinais ao pequenino rebento.
O nascimento de um filho é o momento mágico tão esperado.
O encantamento do primeiro encontro, o momento no qual
embalamos em nossos braços aquela coisinha enrugada, assustada, encarando luzes
e barulhos desconhecidos, com os olhinhos arregalados e perscrutantes, após
deixar a contragosto o aconchego macio e seguro do ventre materno.
Apertando-o contra o peito e oferecendo-lhe nossa proteção e
amor incondicional, murmuramos baixinho em seus pequenos ouvidos: sou seu pai!
A partir desse momento sublime, pai e filho ficam
definitivamente conectados, ligação indestrutível que perdurará para todo o
sempre.
Bem aventurados os pais, que tem a suprema felicidade de
acompanhar o crescimento dos filhos, as passagens pelas estações da vida.
Interessante notar e compreender suas reações em todas as
fases, desde os momentos de total dependência, nas incertezas da juventude, até
época das contestações ou mesmo da maioridade, quando adquirem a confiança absoluta
de saber muito mais que os próprios pais.
Fases passageiras que se atenuam com o passar dos anos, após
os confrontos com as dificuldades cotidianas, após os primeiros tropeços e
voltas por cima.
É uma dádiva envelhecer acompanhando o sucesso dos filhos.
Sucesso em gradações e atividades diversas, com conquistas
materiais e morais e espirituais, respeitando as individualidades, os sonhos e
necessidades de cada um, pois cada pessoa é diferente, única.
Escrevendo, lendo ou escutando propagandas sobre o dia dos
pais, somos levados a refletir e lembrar dos nossos velhos queridos,
principalmente daqueles que já não estão entre nós.
Bate forte a saudade, comprimindo nossos corações num sufoco
de emoções e lembranças.
Que bom se pudéssemos voltar no tempo para corrigir pequenos
deslizes, impaciências com as frases e casos repetidos dezenas ou centenas de
vezes, atitudes tão comuns dos nossos velhos, perfeitamente notadas agora que nós
somos os velhos.
O tempo é um grande mestre.
Nossos pais, presentes ou no céu, entendem e sorriem diante
dessas preocupações menores e corriqueiras, porque sabem, que acima de
tudo, independente de pequenas faltas,
falhas ou omissões, o amor foi e continua sendo o elo indestrutível de nossas
relações.
Bença Pai!
José Roberto- 11/07/14
Parabéns velho amigo seus comentários estão, como sempre, irretocáveis!
ResponderExcluirLuizinho.
Excelente e emocionante crônica de hoje. Que nosso pais nos abençoem. Parabéns! Vanderlei
ResponderExcluirZé Roberto,
ResponderExcluirImpressionantemente lindo esse seu texto! Emocionante!
Parabéns por tanta sensibilidade!
Adorei!
Grande e afetuoso abraço,
Hamilton Chagas
Perfeito, você sempre foi um pai que participou da vida de nossos tres filhos frutos de nosso amor.
ExcluirRE