FUNDOS ABUTRES É O CACETE!!!
Abominamos os agiotas, mas essa história que nossos “hermanos”
estão apregoando aos sete ventos, fingindo que são as grandes vitimas de vilões
usurários, não é bem assim.
A Argentina deve uma grana preta no mercado internacional,
mas tentando dar uma de esperta, subverte a máxima do devedor, “devo, não nego,
pago quando puder”.
Reconhece a dívida a contragosto, mas só paga o quanto
quiser, quando quiser. Uma ninharia considerando o montante real.
Vamos a uma recapitulação simplista dos fatos:
O país, necessitando captar dinheiro no mercado externo para
amenizar as sucessivas crises intestinas, emitiu bilhões em títulos com
vencimentos médios de 30 anos, pagando um taxa anual de juros, comprometendo a
resgatar esses títulos no vencimento, pelo valor de face, ou seja, o valor real
estampado no papel.
Os valores dessas emissões foram se somando, estimando-se
que atualmente atinja um total de 100 bilhões de dólares.
Num passado recente, parte desses títulos já haviam vencidos
e a Argentina, ao invés de quitá-los, deu um tremendo calote nos credores,
forçando-os posteriormente, a aceitar migalhas por esses papeis de pouca
serventia.
Outro lote de títulos venceu há uns dois ou três anos atrás
e “los gringos” tentaram aplicar o mesmo golpe, chamando os credores e exigindo
descontos de 70 a 75%.
A grande maioria, sabendo que havia entrado numa fria,
comprando papeis de um país “que não honra o que está escrito”, topou para não
“micar” de vez, porem, uma minoria resolveu não se intimidar, partindo para a
briga.
Esses investidores agrupados em alguns fundos, mesmo sabendo
que a disputa poderia ser longa, não se curvaram diante das pressões do
devedor, apelando nos tribunais, para cobrar os valores reais a que tinham
direito.
Não vem ao caso se os fundos adquiriram esses títulos por
valores bem inferiores aos de face.
Compraram de terceiros, que mesmo com prejuízos se retiraram
de um péssimo investimento, preferindo sair com “uma quirera nos bolsos”, tendo
em vista que o devedor já tinha dado mostras de que não costumava honrar seus
compromissos.
Esses investidores ousados, compraram um pepino, ou melhor,
um abacaxi, sabendo que teriam que suar muito para descascá-lo.
Se a disputa corresse nos tribunais brasileiros,
provavelmente, somente os bisnetos desses investidores veriam a cor da grana, a
exemplo do que ocorre na cobrança de precatórios(títulos semelhantes, emitidos
pelos estados e prefeituras para pagamento de dívidas), todavia, a justiça dos
USA e ágil, dando ganho de causa aos temerários investidores.
O governo argentino ficou fulo ao ser pego no contrapé,
sendo forçado a pagar o que deve, a um pequeno e corajoso grupo de
investidores.
Botou a boca no trombone, através da mídia e todos os meios
possíveis e imagináveis de comunicação, taxando esses credores corajosos de
“Fundos Abutres”.
Até que o apelido pegou bem, pois esses “Fundos Abutres”
querem se banquetear com a carcaça fedorenta, com os restos de uma economia que
agoniza em sua própria incompetência.
O Brasil e os paises do circulo bolivariano saíram em defesa
da Argentina, criticando a ganância desses fundos.
Na verdade, tanto o Brasil, como os demais bolivarianos,
estão com as barbas de molho, pois encontram-se em situação semelhante.
Nosso país tem aproximadamente 500 bilhões de dólares desses
“papagaios” circulando pelo mercado internacional. Por enquanto, tem ainda bala
na agulha para ir quitando e renegociando pequenas parcelas desse débito.
Acontece que estamos numa encruzilhada, com nossas contas
internas e externas apresentando péssimos resultados.
A medida que nos debilitamos, os credores ficam mais acesos
e tentados a nos apresentar as faturas.
A verdade nua e crua, é que somente países meia-boca, países
que não são sérios, que não honram seus compromissos e não se preocupam com sua
reputação, emitem esses títulos podres.
Exatamente o contrário do que ocorre com títulos do Tesouro
dos USA e dos demais países desenvolvidos, que primam por sua lisura e respeito
aos compromissos assumidos, garantia e segurança aos que aplicam suas economias
nesses papeis.
Fundos abutres existem para chafurdar na carniça de países
que não cumprem seus compromissos, não honram suas dívidas.
São os lixeiros do mercado financeiro mundial,
imprescindíveis para o equilíbrio e funcionamento das instituições
multilaterais.
José Roberto- 01/08/14
Argentino no Brasil e na América do Sul já tem fama de picareta.
ResponderExcluirConfirmam agora a fama a nível mundial, pois país que não honra compromissos é uma republiqueta de merda.
Um bom resumo e uma boa análise para entendimento dos leigos.
ResponderExcluirUm país sério e honesto tem que ser responsável com seus compromissos.
O Brasil precisa mesmo ficar atento, pois a situação está se deteriorando e nossos credores já estão afiando as garras.
O Brasil tem mesmo de por as "barbas de molho", pois acaba de lançar bilhões em títulos no exterior, chamados de bônus, para cobrir o caixa do "Tesouro Nacional". O Brasil tem 380 bilhões em reservas internacionais, mas que pode durar somente uma semana, como aconteceu com a Rússia, que tinha quase 700 bilhões e teve de defender sua moeda o Rubro. A situação não é tão confortável assim para o Brasil, como o governo diz. A Cristina Kirchner não quer pagar o que deve aos intransigentes "fundos abutres", inclusive porque seria abalada a sua posição como presidente perante o povo argentino. Ou seja, o lado político pesa bastante no presente caso. Assim sendo, e se o demais países do Mercosul ou da Unasul não ajudarem, a Argentina irá para o "buraco" literalmente, aumentando mais ainda os problemas do Brasil.
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