terça-feira, 21 de janeiro de 2025

SEM APETITE

 

SEM APETITE

 

Ontem, 20 de janeiro, dia de São Sebastião foi feriado aqui no Rio de Janeiro.

Ao invés de descansar, coçando o velho saco até as 11,00 horas, momento inicial da manguaça, pelo terceiro dia consecutivo fui convocado para desafios na quadra de tênis, obviamente aceitando a provocação, pois sou cabra macho, o decano da turma, ainda dando muito trabalho para ser vencido dentro das “quatro linhas”.

Neste último final de semana prolongado, o verão que andava tímido, finalmente deu as caras, alegrando os cariocas da gema que amam as praias, porem, para tenistas veteranos, jogar sob o sol inclemente quase deixa de ser um prazer, tornando-se mais uma auto flagelação.

Depois de dois dias seguidos de muita correria e “vitórias”, os joelhos e todas as juntas do corpo reclamavam, mas o que incomoda realmente é a “dor nos quartos”, companheira constante de minha idade madura.

Falta de alongamento, é o que todos dizem, não acreditando que faço 20 a 25 minutos de ginastica diariamente antes do banho, cedinho, após “escorregar o moreno” e ler pelo menos 1 hora (estou lendo um livro bem chatinho, não rende, mais sou insistente), e de segunda a sexta, com algumas falhas, frequento nossa academia a tarde, andando 50 minutos na esteira, e fazendo um pouquinho de um arremedo de Pilates.

Para mim, fazer esses exercício são um martírio, porem sei que são importantes, reservando o período dos exercícios vespertinos para colocar em dia o Whats App, me distraindo, fazendo o tempo passar.

Sou um amante da rotina e dificilmente mudo meus hábitos, tanto assim que assim que gosto muito e me identifico com a música Cotidiano, do merda do petista Chico Buarque: “Todo dia ela faz tudo sempre igual, me sacode as seis horas da manhã...”

Quase ia me esquecendo, lembrando a tempo de desvendar o mistério e satisfazer a curiosidade da meia dúzia de meus leitores. Venci todas partidas que joguei, dei humilhantes surras em meus amigos e vítimas contumazes Marcelinho e Jujuarez,  Miguelito e Rafael, obviamente jogando em parceria com o mais novo e melhor da turma, Pedro, baixinho bom de bola é rápido pra caralho.

Voltando ao título do texto, até agora deixado de lado por minhas tergiversações, esclareço que trata-se apenas de retórica, imagem contrária a realidade, pois bem que gostaria de “perder o apetite”.

Sempre fui “boa boca”, comendo além do necessário devido ao olho grande e as lombrigas entranhadas em meu bucho, atualmente bem visível e majestoso, refutando todas minhas tentativas de reduzi-lo.

O foda da idade avançada, é que nosso metabolismo fica preguiçoso, aproveitando as energias dos alimentos que comemos, lentamente, mais que o necessário, cujas sobras se acumulam em nossas panças.

Até os sessenta era um dragão, comia muito e mantinha o figurino razoável. Ultimamente, reduzi o volume, aumentei as saladas, sem a necessária contrapartida, luta inglória.

Depois de presenciar e acompanhar tantos desacertos do nosso corrupto e incompetente governo, as sacanagens dos ministros do STF, que continuam exorbitando, especialmente o Cabeça de Ovo Choco, que continua pisoteando nossas leis e a Constituição, escrever quase diariamente sobre a ousadia desses bostas, cansa. Tira nosso apetite por escrever sobre essas patacoadas, pois o assunto é sempre o mesmo, mudando eventualmente alguns personagens e valores surrupiados.

Bem, acho que já exorbitei, parando por aqui.

Não sem antes bradar:

Fora Mula!

 

José Roberto- 21/01/25

 

 

 

 

 

 

 

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