SEM APETITE
Ontem, 20 de
janeiro, dia de São Sebastião foi feriado aqui no Rio de Janeiro.
Ao invés de
descansar, coçando o velho saco até as 11,00 horas, momento inicial da
manguaça, pelo terceiro dia consecutivo fui convocado para desafios na quadra
de tênis, obviamente aceitando a provocação, pois sou cabra macho, o decano da
turma, ainda dando muito trabalho para ser vencido dentro das “quatro linhas”.
Neste último
final de semana prolongado, o verão que andava tímido, finalmente deu as caras,
alegrando os cariocas da gema que amam as praias, porem, para tenistas
veteranos, jogar sob o sol inclemente quase deixa de ser um prazer, tornando-se
mais uma auto flagelação.
Depois de
dois dias seguidos de muita correria e “vitórias”, os joelhos e todas as juntas
do corpo reclamavam, mas o que incomoda realmente é a “dor nos quartos”,
companheira constante de minha idade madura.
Falta de
alongamento, é o que todos dizem, não acreditando que faço 20 a 25 minutos de
ginastica diariamente antes do banho, cedinho, após “escorregar o moreno” e ler
pelo menos 1 hora (estou lendo um livro bem chatinho, não rende, mais sou
insistente), e de segunda a sexta, com algumas falhas, frequento nossa academia
a tarde, andando 50 minutos na esteira, e fazendo um pouquinho de um arremedo
de Pilates.
Para mim,
fazer esses exercício são um martírio, porem sei que são importantes,
reservando o período dos exercícios vespertinos para colocar em dia o Whats
App, me distraindo, fazendo o tempo passar.
Sou um
amante da rotina e dificilmente mudo meus hábitos, tanto assim que assim que
gosto muito e me identifico com a música Cotidiano, do merda do petista Chico
Buarque: “Todo dia ela faz tudo sempre igual, me sacode as seis horas da manhã...”
Quase ia me
esquecendo, lembrando a tempo de desvendar o mistério e satisfazer a curiosidade
da meia dúzia de meus leitores. Venci todas partidas que joguei, dei
humilhantes surras em meus amigos e vítimas contumazes Marcelinho e Jujuarez, Miguelito e Rafael, obviamente jogando em
parceria com o mais novo e melhor da turma, Pedro, baixinho bom de bola é rápido
pra caralho.
Voltando ao
título do texto, até agora deixado de lado por minhas tergiversações, esclareço
que trata-se apenas de retórica, imagem contrária a realidade, pois bem que gostaria
de “perder o apetite”.
Sempre fui “boa
boca”, comendo além do necessário devido ao olho grande e as lombrigas
entranhadas em meu bucho, atualmente bem visível e majestoso, refutando todas
minhas tentativas de reduzi-lo.
O foda da
idade avançada, é que nosso metabolismo fica preguiçoso, aproveitando as
energias dos alimentos que comemos, lentamente, mais que o necessário, cujas
sobras se acumulam em nossas panças.
Até os
sessenta era um dragão, comia muito e mantinha o figurino razoável.
Ultimamente, reduzi o volume, aumentei as saladas, sem a necessária
contrapartida, luta inglória.
Depois de
presenciar e acompanhar tantos desacertos do nosso corrupto e incompetente governo,
as sacanagens dos ministros do STF, que continuam exorbitando, especialmente o
Cabeça de Ovo Choco, que continua pisoteando nossas leis e a Constituição,
escrever quase diariamente sobre a ousadia desses bostas, cansa. Tira nosso
apetite por escrever sobre essas patacoadas, pois o assunto é sempre o mesmo,
mudando eventualmente alguns personagens e valores surrupiados.
Bem, acho
que já exorbitei, parando por aqui.
Não sem
antes bradar:
Fora Mula!
José
Roberto- 21/01/25
Nenhum comentário:
Postar um comentário