O CHURRASCO
0800 DA QUARTA-FEIRA
Pretendia deixar
passar em branco, mas por insistência do querido amigo e parceiro Carlos Kgão,
operador de telemarketing de um desses bancos virtuais da moda, farei um breve
relato do magnifico churrasco que patrocinei na quarta passada, que deixou
minha minguada conta no vermelho.
No sábado anterior,
dia 20 de maio, completei singelos 78 anos, apesar de velho pra caralho, não
sinto o peso dos anos(sem duplo sentido). Minha cuca pensa como um garoto de
uns 55, no máximo, embora joelhos e juntas demonstrem que não é bem assim.
Mesmo no dia
de meu aniversário, os “traiçoeiros” rivais na quadra, Juju e Marcelinho, não
me deram moleza, pelo contrário, aplicaram um dupla surra em mim e meu infausto
parceiro, Rafael, o novato da turma, que até jogou muito bem, mas não o
suficiente para me carregar, pois estava numa manhã festiva, mas ruim de jogo.
Rafael, recém
chegado ao prédio, está em fase de observação, em período de experiência, não
tendo obtido ainda o “green card” do grupo, pois está tendo seu currículo devidamente
avaliado. Até o momento, nada de muito desabonador foi encontrado, mas todo
cuidado é pouco.
Obviamente
fiquei puto com a falta de respeito e cortesia de meus “mui amigos” Juju e
Marcelinho, que ainda tiveram a cara de pau de cobrar o tradicional churrasco
que ofereço tradicionalmente, sempre com muita fartura.
Refleti
melhor e pensei em dar uma lição a essa turma que não respeita o decano, que já
foi o maioral na quadra(antes da chegada de Pedro) e agora está ladeira abaixo,
perdendo até para os mais perebas do grupo. Para tanto, encomendei cortes
especiais argentinos e uruguaios, coisa fina, que garanto nunca desceu pela
goela dos esfomeados da turma. Esnobei, não esquecendo de mencionar a
quantidade de cervejas artesanais das marcas mais famosas. Mesmo parcelando as
despesas em 10 vezes, entrei nos juros ferrados do cheque especial.
Me lasquei,
mas fiz bonito.
Praticamente
todas da turma do tênis compareceram para degustar os regabofes, dignos de uma
mesa nos sabichões do STF.
Os mais
antigos, Juju, Marcelino, Miguelito, Peter, David, Paulo pentelho, Dudu, Ricardo
e Pedro(outro relativamente novato, que desbancou todos. Falhei, pois não devia
deixá-lo entrar no nosso seleto grupo).
Deixei para
mencionar o Kgão por último, porque alegou que não iria participar do evento, o
que estranhei, pois o danado não perde nenhuma festa 0800, e realmente chegou
bem tarde, talvez com medo de um revertério e tivesse que participar do racha.
Fazendo o
costumeiro barulho, Kgão disse que havia chegado de São Paulo e comido no
avião(hummmm) e que passou apenas para me cumprimentar.
Notei
disfarçadamente, enquanto colocava mais file mignon para assar, que o danado
caiu matando nas carnes que ainda estavam nas diversas travessas espelhadas sobre
a mesa central, até mesmo as frias que pretendíamos dar uma requentada. Fiz de
conta que não vi, ficando mais tempo cuidando da churrasqueira, para que o
esganado enchesse rapidamente o bucho.
Somente
sossegou, quando garanti que era mesmo boca livre.
Presente que
é bom, só ganhei de Marcelinho, Juju e David e sei que os de Miguelito e Peter
estão garantidos. Como podem ver, tem uns membros que não abem a mão nem para
dar tchau.
Marcelinho
como de costume, levou uma boa variedade de puros maltes, que eu, também um
esganado, entremeei com exagero entre as várias cervas que escorreguei goela
abaixo.
Como tenho
que ajudar Maria Silvia a deitar, deixei a turma, com muita carne assando e
muita cerveja no freezer, por volta das 22,30 h, totalmente manguaçado.
Coitada de
minha filha, que deve ter passado um cortado com minha ajuda, pois estava mesmo
ruinzinho, porem, seu anjo da guarda é poderoso e entro modo no automático fazendo
tudo certinho.
Falando
sério, foi uma noite muito agradável, em companhia de amigos queridos, uns mais
antigos, outros mais novos, que me aceitam do jeito que sou, com minhas implicâncias,
falando mais do que deve e outras rabugices típicas da idade; verdadeiros
camaradas no sentido lato da palavra, todos importantes, com um lugar reservado
no meu coração.
Em
consideração ao texto, não terminarei com, o fora Mula.
José
Roberto- 27/0523
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