A COISA AQUI
TÁ PRETA
Aqui no Rio,
a coisa tá pra lá de preta.
Dom Orani,
nosso arcebispo boa gente, é testemunha ocular e viva dessa “escuridão de
insegurança” que nos assola, pois foi ontem assaltado novamente.
Os bandidos
perderam totalmente o respeito, levando do religioso, além do relógio, celular,
o anel episcopal até e a própria batina, por sinal vistosa, talvez a ser
utilizada como disfarce nos próximos assaltos, ou em algum terreiro de umbanda.
Já é o
quarto ou quinto assalto sofrido pelo arcebispo, que mais uma vez, apenas com
as roupas de baixo, suponho de ceroula e camiseta, saiu incólume, graças a
Deus.
Parece
marcação, pois Dom Orani vai para uma celebração num desses bairros da
periferia, e na volta, já estão de tocaia, prontos para dar o bote, pois sabem
que não haverá resistência.
Esses
bandidos safados poderiam se dar muito bem, caso ficassem de “botuca” numa dessas
reuniões da CNBB, onde a maioria dos bispos vermelhinhos, talvez não se
recusassem a entregar passivamente seus objetos pessoais, caríssimos e de bom gosto,
paras serem socializados com a ralé.
Eu que ando
de saco cheio com o descarnado fingido, socialista de araque, Chico Buarque, me
aproprio de frases dos velhos tempos quando compunha boas músicas, nominando,
ou citando-as em meus textos, como hoje,, “Meu Caro Amigo”, pois se enquadram
perfeitamente na penosa situação atual, da cidade e do país.
Exemplo típico
é a cara de pau e a rotina dos roubos de carga na via Dutra, na região da
baixada até o início da Avenida Brasil, uma piada. De péssimo gosto.
Todos os dias,
as TVs mostram caminhões sendo desviados para favelas(comunidades), com suas
cargas transferidas para veículos menores, com ajuda dos moradores, que alguns
casos, dependendo da mercadoria, até participam do butim.
A polícia
sempre chega quando a rapinagem já foi concluída, talvez alertada pelo noticiário
matinal das TVs.
A média de
roubos de carga nos últimos 12 meses, foi de aproximadamente 15 ao dia, sempre
nos mesmos lugares, desviadas para os mesmos locais, rotina que se repete há
anos, mas que vem aumentando nos últimos meses, graças a ineficiência da
polícia, em parte, amarrada por decisões superiores, que impedem a ação
antecipada nas favelas.
O fruto
desses assaltos é distribuído aos pequenos supermercados da região e as
centenas de camelôs espalhados por todos os bairros da cidade, que vendem de
tudo, de eletrônicos a comestíveis. Só não vendem carne fresca, rapidamente consumida
nas comunidades.
Pensando
bem, roubo de carga e mixaria, café pequeno perto do perigo que corremos; ao ousar
andar pelas ruas dos melhores bairros da cidade, teoricamente os mais
policiados, após escurecer.
Os anjos da
guarda não estão dando conta do recado.
Com certeza,
“a coisa aqui tá preta”.
Fora Mula!
José
Roberto- 15/05/23
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