LICENÇA
PRÊMIO E OUTROS PENDURICALHOS
No início de
1978, quando completei 10 anos de CESP, junto com um grupo de funcionários, entrei
na Justiça tentando receber o prêmio que tinha direito, em dinheiro, equivalente
a 6 meses de salário atual, correspondente aos dois quinquênios.
Esse
benefício havia sido abolido alguns anos depois de minha admissão na empresa, moleza
concedida a todos os funcionários públicos e das empresas de economia mista do
Estado de São Paulo.
Em agosto do
mesmo ano, me desliguei da empresa e vim para o Rio de Janeiro, contratado pela
Eletrobras.
Se não me
engano, em 1988 ou 1989, a CESP fez um acordo com a banca de advogados que cuidava
do processo, concordando em pagar os valores integrais, com base nos salários
atuais dos empregados que estivessem na ativa, aos milhares que haviam
pleiteado o benefício, em 6 ou mais parcelas.
Foi uma farra
geral, compras de carros zero, reformas em apartamentos, e os advogados que
tocavam a causa ficando milionários.
Como
ex-funcionário, algum tempo depois, recebi uma carta do escritório de
advocacia, para comparecer em São Paulo, onde receberia uma ninharia que não
pagava nem o custo da passagem área.
Liguei para
os sabichões, que me orientaram a entrar com outro processo contra a CESP, pedindo
a correção dos valores, cujo valor das custas era maior que o valor que tinha a
receber, num processo que poderia levar outros tantos anos.
Solicitei a transferência
da “quirera” para minha conta, o que não foi feito, mandando então, os advogados
enfiarem o dinheiro no cu, desistindo de qualquer recurso.
Sacanagem
pura, contra os “valorosos funcionários que colaboraram para o prestígio da
CESP no setor elétrico”.
Essa moleza
que havia sido praticamente extinta para todas as classes de empregados, vem
sendo restabelecida aos poucos, principalmente para juízes, promotores e demais
funcionários da Justiça.
Parece que
algo semelhante está acontecendo até com os militares, caso desses últimos generais
que se aposentaram, recebendo fortunas em seus contracheques, talvez até mesmo
para pendurarem o quepe e ficarem quietinhos.
Sacanagem
mesmo foi agora restabelecida aos juízes pelo CNJ, o auxilio creche, devendo se
estender a promotores e órgãos correlatos, como Tribunais de Contas e porcarias
semelhantes. Os felizardos receberão retroativos atualizados, desde que tivessem
no período da suspensão, filhos de até 6 anos. Em valores corrigidos será uma
bela grana.
Pior ainda
para nós e melhor para os malandros, o
STJ, por decisão monocrática do corregedor Luiz Felipe Salomão, concedeu a
todos os juízes que ingressaram até 2006, um aumento retroativo de 5% de seus
salários, a cada quinquênio, beneficiando aproximadamente 2 mil juízes, com
aumento real extemporâneo de quase 20%, além de receberem um bolada imensa, que
segundo o TCU, custará a União cerca de 1
bilhão de reais, sem considerar o aumento cascata transferido ao estados, pois
esses penduricalhos como praga, se estende a todos os níveis da justiça,
Federal, Estadual e Municipal.
Os absurdos
mencionados, são apenas algumas das vantagens vergonhosas sacanagens das quais
tomamos conhecimento, pois existem uma porrada de “penduricalhitos” que escapam
da lupa da tal “transparência”, que por sinal, anda muito embaçada.
Será que tem
jeito?
Fora Mula!
José
Roberto- 29/05/23
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