SOBRE FLATOS
EXPELIDOS E ENFORCADOS
Não quero
abusar da paciência de meus leitores, agora que aumentaram um pouquinho. Já são
bem mais que meia dúzia.
Porem, como
todos sabem, tenho predileção por assuntos escabrosos, sacanagens sadias, besteiras
em geral, inclusive assuntos escatológicos, mesmo sabendo das repercussões
negativas no recesso do lar.
Nossa língua
é mesmo danada, pois escatologia além de referir-se a excremento, merda e
coisas do gênero, também tem um sentido religioso, significando doutrina do fim
do mundo, dimensão escatológica da culpa.
Toda vez que
um padre menciona essa palavra durante um sermão, na missa que assisto aos
domingos pela TV, sempre penso no sentido esculachado. A igreja deveria evitar
o uso dessa palavra.
Portando,
diante do exposto, volto ao assunto principal, lembrando de algumas ocasiões em
que, pelas circunstâncias, somos obrigados a enforcar o peido. Ou ao menos
tentar.
O caso mais
comum é quando estamos num elevador, com apenas uma pessoa. Temos que apertar o
fiofó, juntando as pernas e disfarçando para não demonstrar o sofrimento,
exigido pelo fechamento forçado da válvula anal. É difícil, mas graças as boas
condições de minhas pregas virgens e intocadas(salvo quando visito o dr.
Kededo), normalmente tenho sucesso. Estanco a saída dos gases, mesmo sabendo
das dolorosas consequências. Se tiver mais de três pessoas, calibro o
silenciador e mando brasa, deixando pairar a dúvida sobre o autor do petardo
nauseabundo.
Outra situação
terrível e quando fazendo ginástica, o personal pressiona nossas pernas comprimindo
o ventre e as tripas e temos que aguentar firme. É uma situação terrível e
inglória, pois exige o máximo da concentração, pois se deixarmos o danado
escapar(na cara do infeliz), passaremos uma tremenda vergonha.
Vivem
constantemente essa situação de aperto, profissionais liberais, como médicos e
dentistas, que examinando seus clientes, sentem de repente aquela cólica
indesejada, um ferroada na tripa mestra, com o flato dando cabeçadas, tentando
destravar a fechadura dos anus, em busca da liberdade.
São essas
situações críticas que nos tornam homens fortes, bravos guerreiros, assassinos de
flatos indesejados, principalmente aqueles que na barriga tem um laboratório químico
de fazer inveja, transformando feijão, ovo e repolho em gases mortíferos, que
poderiam ser utilizados em uma guerra química e biológica.
Com o avanço
da idade, mesmo preservando cuidadosamente as pregas do “buraco da bala”, como acontece
com todos os músculos de nosso corpo, há um afrouxamento natural das partes
pudentas, fazendo com que os velhos, ao menor esforço, ou susto, deixem escapar
sonoros e contundentes flatos.
Todos devem
conhecer um “velho peidão’
Toda vez que
toco nesse assunto, ou recebo um zap retratando a ridícula situação, lembro de
um sobrinho querido, cujo nome deixo de mencionar, embora a maioria dos amigos
saibam a quem me refiro.
Esse sobrinho
é uma verdadeira bomba atômica.
Consegue dar
um tratamento especial ao mais simples e inocente alimento, transformando xuxu
e alface em granadas de efeito moral, aquelas que quando explodem abrem um círculo
enorme ao redor do autor da proeza, o famoso flato abre alas.
Mesmo dessagrando
a terceiros, temos que lutar por nossos direitos, dando livre vazão a nossas necessidades
fisiológicas.
Peidar e
viver.
Mula é
ladrão!
José
Roberto- 26/01/22
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