FOTO DA NOSSA QUADRA APÓS A REFORMA
DUELO DE
TITÃS
Começo a
escrever o texto com atraso, por volta das 10,00 horas, ainda tremulo e suando
em demasia pelo esforço despendido, pois a luta foi dura, mas valeu a pena.
Marcelinho, amigo, algoz, perigoso e traiçoeiro adversário
no tênis, aquele mesmo que tempos atrás desferiu uma potente bolada no meu
braço esquerdo, cuja intensidade propagou-se ao nervo ótico, causando o
descolamento da retina justamente do lado canhestro, causando meu afastamento temporário
das quadras e obviamente prejudicando minha visão e meu jogo(eheheh); depois de
todas essas explicações, quero informar que o danado Formiga Atômica, havia me
desafiado para disputar uma peleja. Eu fazendo dupla com nosso craque hours
concours Alessandro, ele com seu
professor e ex-profissional Paulinho, outro bamba.
Sobre meu
jogo, já cantei em prosa e verso, exagerando um pouco, afirmando que era o galo
que cantava na quadra do Rhapsody, mantendo ainda a primeira posição do
ranking, até a chegada de Marcelo e sua trama macabra para assumir o meu posto.
Marecelino, rápido
como um corisco, notou logo de cara, que para me derrubar teria que se valer de
um golpe baixo. Como bate na bola com uma força desproporcional ao seu tamanho,
me acertou e deu no que deu. Atualmente somos parelhos, ganha um, ganha outro,
dependendo do dia e da disposição.
Sobre
Paulinho, professor de Marcelo sei apenas que é professor tarimbado, tendo
vencido diversos torneios de profissionais no Rio de Janeiro, dedicando-se
atualmente ao “magistério”, pois pelas minhas estimativas, já beira os 45(um
menino, comparado ao velho escriba, perto de completar 77).
Alessandro é
phoda.
Recordo, que
quando passou a ser meu vizinho de porta, perguntei a ele se jogava tênis,
convidando-o para descer num sábado para jogar com nossa turma, certo que seria
mais um pato em meu cardápio.
O danado apareceu
na primeira oportunidade, e foi aquele despautério.
Não vimos a
cor da bola, mesmo percebendo que jogava a meia bomba, no máximo uns 30%, era
só 6 a 0, ou quando muito um pontinho de choro.
Até os mais
perebas da turma, a seu lado, melhoravam um pouquinho, talvez por uma osmose ou
simbiose, e ficavam felizes da vida.
Alessandro
foi profissional, disputando o circuito da ATP e com seus 30 e tantos ainda
joga para caralho.
Atualmente
tem uma quadra e dá aulas, cursos e “oficinas”(detesto este termo, com esse
uso), pelo que sei, cobrando uma nota preta, só para quem tem grana.
Quanto ao
jogo, foi um espetáculo digno que encheu os olhos da plateia, pois quase todos
os moradores do edifício, sabendo do desafio, desceram para presenciar tão
especial evento.
Obviamente
as melhores jogadas, foram dos dois mestres, com uma boa vantagem para
Alessandro que demonstrou toda sua categoria, com jogadas de me deixar
embasbacado.
Paulinho foi
muito bem, aproveitando para fazer alguns pontos em cima aqui do velho, mas
acho que correspondi, errando pouco, devolvendo bem e dando uma ajudinha ao
parceiro.
Marcelinho
fez ótimas jogadas junto a rede, pois é rápido como um corisco, criando uma
barreira dura de ser transposta, pois chega em todas. É ótimo, só não tem a
minha regularidade, pois teima em bater sempre forte na “esférica”(homenagem ao
parceiro e amigo Miguelito)
Tentou me
acertar uma três vezes, até que o ameacei de partira para agressão, e sob vaias
da torcida resolveu maneirar.
O sol tomava
conta da quadra, eu suava em bicas e na segunda partida já estava no bagaço.
Porem, ao
fim e ao cabo, deu a logica: 6 x1 e 6x2, não preciso dizer para quem.
Soube, que por
trás do embate, havia uma aposta. Os perdedores pagariam um almoço aos
vitoriosos, num bom restaurante de Ipanema ou Leblon.
Ao mencionar
o fato, Marcelinho desconversou, se fez de desentendido, alegando que nada
tinha sido confirmado e que veríamos numa próxima, se é que ele terá peito de
tentar, depois da amostra grátis recebida.
Finalmente
agora, as 10,35 h, já com as mãos mais
firmes, sem a tremedeira causada pelo esforço exagerado(não sou criança, embora
a cuca não aceite), com o suor estancado, respiro aliviado, pensando no papo e
nas mentiras que irei contar.
Lamentavelmente não tiramos uma foto dos quatro guerreiros.
Mula é
ladrão!
José Roberto-
17/01/22
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