DEIXEM OS DEFUNTOS EM PAZ
O assunto deveria ter sido abordado um mês atrás, mas por
razões que minha razão desconhece, deixei passar.
Nos últimos tempos, tem sido uma tônica de governos que se
dizem democráticos, mas possuem viés estatizante e absolutista, desenterrar
velhos líderes, exumando seus restos mortais, numa tentativa histriônica de
provar que ao invés da morte natural ou acidental, foram assassinados.
Começou na Venezuela, com o finado bufão “Chapolin Chaves”,
removendo os carcomidos ossos de Simon Bolívar, atestando ele próprio, que seu
ídolo, conforme suspeitava, havia sido envenenado.
Os palestinos tentaram fazer o mesmo com Arafat, atribuindo
a Israel, a culpa pela morte de seu grande líder, via contaminação radioativa.
Exames acurados, feitos por peritos renomados, provaram que estavam
redondamente enganados.
Na esteira dessa tática diversionista, objetivando desviar
da população o foco do mega escândalo do Mensalão, próceres petistas, optaram por desenterrar os
restos mortais de Jango, político e ex-Presidente que nos deixou amargas
recordações.
O fuzuê foi tão grande, a ponto da ossada de Jango ter sido
recebida em Brasília com honras militares, recepcionada por Dona Dilma e seus “trezentos
e sessenta ministros”, que derramaram legítimas “lagrimas de crocodilo”.
Como político e estadista Jango foi uma negação, uma sombra
desfocada que se instalou a contra gosto no Palácio da Alvorada, sem ter os
mínimos cacuetes para exercer importante cargo.
Influenciado por Leonel Brizola, seu cunhado e mentor, foi
seduzido pelo ideário socialista esquerdista, enveredando o país no perigoso
caminho do desrespeito a hierarquia, da inflação, das greves, do
desasbatecimento, permitindo a bagunça generalizada e a insegurança jurídica.
Talhado para ser um figurante, um pano de fundo, como todo
vice que preze, Jango recebeu um “abacaxi” que não queria e nem tinha condições
para digeri-lo, com a indigesta e intempestiva renúncia de Jânio Quadros.
Em 1964, o país era um barril de pólvora, com greves em
todos os estados, levantes de marinheiros, rebeldia de sargentos, caminhávamos
céleres para o caos generalizado.
A população se mobilizou, dando condições para que as Forças
Armadas derrubassem o governo fantoche, que aviltava nossas instituições.
Num gesto de grandeza, Jango aceitou o “pé na bunda”,
refugiando-se sem alarde no vizinho Uruguai, evitando qualquer derramamento de
sangue.
O efeito colateral foi a tomada do governo pelo militares,
que sentindo na pele o suave gosto do poder e seus derivativos, não tiveram
nenhuma pressa em redemocratizar o país, permanecendo no mando, um “pouquinho
mais” que o necessário.
Não sei se governo ou oposicionistas, insinuam a boca
pequena, que Carlos Lacerda também deveria ser exumado, pois como não podia
deixar de ser, consideram sua prematura morte, suspeita.
Parece mesmo que está virando moda, qualquer político
razoavelmente famoso corre o risco de ter sua cova revirada.
Estamos fartos de fanfarronice e atos insanos.
Deixem nossos mortos descansarem em paz!
José Roberto- 06/12/13
Gostaria que esse políticos que estão sendo "rescussitados" assombrassem esses caras de pau, marqueteiros, que usam táticas falaciosas para enganar o povão.
ResponderExcluirQuem viveu esses fatos ou acompanha a história do país, conhece realmente como os fatos se desenrolaram e não a versão que esses petistas espertalhões pretendem impor ao país.
Será que vão exumar o Lula depois que ele bater as botas?
ResponderExcluirDaqui há pouco será o Juscelino, o Carlos Lacerda e por aí vai. Quem sabe até o Brizola seja exumado. Fala sério!
ResponderExcluirOntem, Jango foi novamente enterrado, agora com honras de ex-presidente.
ResponderExcluirPobre coitado, não deixam nem seus restos descansar em paz.
Foi um banana, mas que agora fique bem enterrado!!!