A CIDADE AMANHECEU CHORANDO
Apesar do sol ter dado as caras nessa segunda-feira
fatídica, dá para sentir a tristeza impregnada no ar.
Fluminenses e vascaínos acordaram com uma ressaca terrível.
Nenhuma pasta de dentes conseguirá tirar da goela aquele gosto amargo de fel.
O desastre anunciado aconteceu. Duas grandes equipes do Rio
rebaixadas para a segundona.
Grandes?
O Fluminense até que possui um plantel razoável, mas bobeou
demais, sentado nos louros da conquista de 2012.
Presumiu equivocadamente, que o título de ano passado seria
um passaporte seguro para a travessia de 2013.
Perdeu ou empatou jogos que eram favas contadas, deixando
escapar pontos preciosos que fizeram falta na reta de chegada.
Excesso de auto-confiança e treinadores sem a menor sintonia
com o elenco, a exemplo do histriônico “Luxemburro”, induziram o time a
inevitável bancarrota.
Já o Vasco, desde o início do campeonato, foi um timinho
desprovido de talentos.
Atolado em dívidas desde a longeva administração do
trambiqueiro Eurico Miranda, não consegue pagar o salário dos atletas, muito
menos contratar bons jogadores, tendo que remediar com os novatos das divisões
de base, ainda verdes, para peitar de frente um campeonato nacional.
Em que pese o empenho dessa equipe medíocre, não foi nenhuma
surpresa a derrocada final.
Sucumbiu em grande estilo, levando uma goleada que entrará
para a história obscura dos cruzmaltinos.
Lamentável, ainda pior que o rebaixamento, foi a batalha
campal dos torcedores do Vasco e Atlético Paranaense, desencadeada por
desocupados, que se passam por torcedores, subsidiados pelos próprios clubes, que
insistem em manter esses antros de desordeiros disfarçados em torcidas
organizadas.
Quem viaja para o exterior, fica surpreso pela falta de
notícias do Brasil, a não ser as desabonadoras.
As imagens desse vale tudo sangrento já estão correndo o
mundo, mostrando com certa dose de razão, que ainda somos um povo inculto, onde
a barbárie está sempre presente.
Apesar das gozações, das brincadeiras, o carioca está
triste, inclusive flamenguistas e botafoguenses, pois ainda que existam divergências
entre as torcidas, prevalece o clima ambíguo e informal, inerente a todos que
moram nessa cidade maravilhosa.
As padarias e as centenas de bares pilotadas por nossos
“patrícios” permanecem a “meia porta”, enquanto uma nuvem de “pó de arroz” ,
como uma forte neblina, cobre o tristonho bairro das Laranjeiras.
Ainda bem que o ano esta chegando ao fim.
José Roberto- 09/12/13
A praia hoje vai estar deserta.Mais da metade dos cariocas choram pelo terrível e anunciado desastre.
ResponderExcluirCom o rebaixamento do Vasco e Fluminense, perde o futebol brasileiro, provando que a maioria de nossos jogadores são cabeças de bagre que ganham muito e jogam pouco. Os melhorzinhos se mandam logo cedo para o exterior.
ResponderExcluirO Dinamite como dirigente Vasco não explodiu. Deu no que deu, segundona de novo! Já o Fluminense, que foi campeão o ano passado, até parecia que iria dar trabalho neste campeonato, no entanto, acomodado trocou de técnicos e não resolveu nada. Foi um vexame!
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