CONTRASTES CHOCANTES
Espetacular a vista aérea do Maracanã, ungido de verde e
amarelo comemorando a vitória do Brasil.
Novamente errei feio.
Teria apostado até as calças na Espanha, cujos craques pelo
jeito, exageraram na feijoada, entrando
em campo meio frouxos e baleados.
Queimei a língua com o “poste” Fred, que jogou bem, se
mexendo em campo ao contrário dos jogos anteriores. Acredito que tenha
descalçado a chuteiras de chumbo, vestindo as de prata, que valem ouro, pois
gols contra o Haiti deveriam ter peso negativo(não é mesmo Fernando Torres?).
Devo estar sofrendo terrivelmente da vista, pois continuo
achando Paulinho um enganador de primeira, perna de pau de apenas uma ou duas
boas jogadas por partida. Ainda bem que está nos deixando, negociado a peso de
ouro por um empresário espertalhão e um presidente de clube ainda mais esperto.
Mas quero mesmo falar do Maracanã, estádio maravilhoso,
construído com o suor do povo brasileiro, estourando o orçamento previsto em
mais de cinqüenta por cento.
Orçado em 800 milhões, custou 1.200, noves fora as obras do
entorno, de valor ainda incalculável.
Serve de consolo lembrar, que o estádio de Brasília, que nem
time de futebol decente têm, orçado em 500 milhões, custou o triplo(1.500
milhões).
Atendendo exigências descabidas da Fifa, estamos
desperdiçando mais de 12 bilhões, em doze mega estádios, um terço dos quais
ficarão as moscas, após os jogos de 2014.
Vendo toda aquela alegria e beleza no Maracanã, me lembrei
na hora dos pobres coitados, que naquele exato momento deveriam estar sofrendo
e agonizando nas filas dos hospitais públicos, bem próximos ao estádio.
Quantos estirados em colchonetes pelos corredores fétidos ,
aguardavam atendimento medico, uma cirurgia de emergência, um remédio para
aliviar as dores?
Sofriam resignados, pois os poucos médicos que não faltaram
ao plantão, estavam exaustos com a carga extra de trabalho, sem mencionar os
equipamentos quebrados que impossibilitavam exames mais acurados e a
tradicional falta de medicamentos e acessórios complementares.
Ao mesmo tempo que a torcida enlouquecida no Maracanã,
comemorava aos gritos os gols brasileiros, brasileiros de segunda classe,
derramavam nos hospitais sombrios, lagrimas amargas pelas dores do corpo e da
alma.
O mesmo pobre, que equivocadamente venera Lula e Dilma pelo
“bolsa esmola”, se tivesse um mínimo de lucidez, deveria desprezar esses dois
políticos populistas que enganam o povo com migalhas, ao invés de propiciar
melhorias nos serviços essenciais, condenando os mais necessitados a eterna
indigência.
Se nossos políticos e governantes tivessem vergonha na cara,
1(hum) bilhão seria mais que suficiente para reformar os melhores estádios
existentes no país. Oito como praxe, ao invés dos doze exigidos pela Fifa e sua
corja de corruptos, que sairão com as malas cheias de grana, deixando-nos um
porrilhão de dívidas.
Convém esclarecer, que segundo a terminologia da mafiosa
Fifa, o correto é grafar “arenas” ao invés de estádios.
Terminologia realmente bem oportuna, pois deveriam colocar
nessas arenas a classe média, se digladiando para pagar com seu suor, o aumento
da carga tributária que se fará por vir.
Segundo consta, dez das doze “arenas”, já foram ou estão em
fase de terceirização.
Conforme a praxe reinante, grandes empresas se uniram para
administrar e usufruir por longos anos, dos eventuais ganhos propiciados por
esses monstrengos maravilhosos.
O custo astronômico das obras superfaturadas, também como de
costume, ficará a nosso cargo.
José Roberto- 01/07/13
Que os estádios, ou melhor, as arenas, ficarão lindas não há duvidas.
ResponderExcluirO duro será aguentar a conta.
Tanto dinheiro que poderia ter sido muito melhor investido em hospitais e escolas.
Não precisamos de arenas, mas de serviços públicos de qualidade decente.
Zé
ResponderExcluirCustou mas você falou bem do Fred, o melhor centro avante do mundo.
Neymar e o resto são coadjuvantes.
Temos que ter belas arenas para acolher nossos craques, pena, que as nossas sejam super, super , superfaturadas.