AMARGO DESPERTAR
A Presidente ficou perplexa com o grito das ruas, pois
encastelada em seu reino no país das maravilhas, desconhecia as atribulações e
sofrimentos de seus súditos.
Ministros puxa-sacos e assessores lambe-cus, a todo
instante, lhe municiavam o ego com folders, cartazes, volantes, releases e
resultados magistrais de pesquisas de opinião, levadas a cabo por institutos
regiamente pagos, apregoando que tudo corria a mil maravilhas, que o país
singrava por mares de almirante.
Escutar os berros do povão, clamando por melhoria do ensino,
por uma saúde com um mínimo de respeito e decência e pelo fim da corrupção, foi
um imenso choque para nossa mais alta dignatária.
Ela acreditou piamente nos discursos de seu antecessor e
criador. Aquele que nos milhares de improvisos arrotava com a língua presa,
assassinando a língua pátria, afirmando que “nunca na história desse país...”
alguém havia feito tanto pelo povo.
Realmente, jamais tivemos um governante que extrapolou da
basófia, das meias verdades, das falsas promessas, das inaugurações virtuais,
do marketing exagerado, do culto a personalidade.
Dona Dilma, uma pedra preciosa em estado bruto, lapidada
pelo esperto Batráquio, transformou-se em nossa Presidente por escolha popular.
Esse mesmo povo, que agora toma conta das ruas e exige
melhoria dos serviços públicos, fazendo tanto alvoroço, cujos ruídos chegaram
ao palácio majestoso, despertando para realidade, a até então, adormecida
Presidente.
Tocada nos brios, convoca para uma reunião de emergência,
governadores, prefeitos das capitais e seu amplo ministério(um bando de
ilustres e incompetentes desconhecidos), para traçar em conjunto, um plano de
ação para acalmar a plebe ululante.
Ao invés de por em prática medidas urgentes para iniciar o
saneamento dos serviços corrompidos, busca alternativas, soltando balões de
ensaio, tentando desviar a atenção do público e dos protestos.
Como a sugestão de uma Mini-Constituinte nasceu morta, nada
melhor que um Plebiscito, uma consulta popular com dezenas de questões, a ser
apresentada a todos os eleitores, com ênfase especial aos que usufruem do Bolsa
Família, para se ter garantia do resultado desejado.
Os gananciosos do PT, encarregados de preparar o
questionário, já fazem contas da bolada extra que entrará para os cofres do
partido e suas próprias cuecas, pois com o financiamento público das campanhas,
haverá dinheiro de sobra para todos(como se já não bastasse o fundo
partidário), alem de insistir no voto em “Lista Fechada”, artifício espúrio, que elimina o direito de
escolhermos nossos representantes, transferindo esse importante encargo aos
partidos, que a bel prazer, indicarão sua curriola.
Por enquanto tudo é jogo de cena, distração para embromar o
povo, como se realmente estivessem buscando soluções para os problemas que nos
afligem, os quais estão presentes a décadas e se acumulam e ampliam, por total
inércia e incapacidade.
Dona Dilma defronta-se com um cenário turbulento, complicado
com a retração econômica do mercado mundial, dos déficits fiscais e do monstro
inflacionário que ameaça dar as caras.
Terá que provar, que possui alguns dotes da valente
gerentona, apregoada pelo antecessor.
Eu, tenho cá minhas duvidas.
Todavia é preciso acordar e começar a trabalhar para valer,
pois o povo voltará a plena carga.
José Roberto- 02/07/13
Finalmente nossa Presidente vai ser obrigada a descer de seu pedestal, para o mundo dos homens comuns, onde as necessidades são reais e pessimamente atendidas.
ResponderExcluirO país precisa mudar e nós temos a obrigação de mudar nossos políticos.
Pedro Paulo
Depois de mais de 12 anos de governo petista, regredimos uns 20, salvo os que se acoitaram no governo, nos quase 25 mil cargos inventados e muito bem remunerados.
ResponderExcluirDizem que o país está a pleno emprego, mas tente arranjar uma colocação decente para ver a dificuldade.
Cargos bons, só os politicos conseguem. Bocas não faltam para os cupinchas.
Nossa realidade é bem cruel e diferente da que tentam nos mostrar.