quinta-feira, 15 de maio de 2025

CONVERSA COM MINHA FILHA SOBRE O PERÍODO DO GOVERNO MILITAR

 

CONVERSA COM MINHA FILHA SOBRE O PERÍODO DO GOVERNO MILITAR

 

Aconteceu há alguns dias durante um papo familiar, após alguns comentários que fiz sobre a situação do país, que não tem conserto, pois nossas Forças Armadas, o poder moderador, com seu estado maior seduzido pelos agrados do governo e também numa demonstração explicita de covardia, renegou suas tradições, encolhendo-se e desapontando o povo brasileiro.

Maria Fernanda, nossa caçula, sempre foi a mais levada e independente, pois com irmãos mais velhos e com 6 anos de diferença, teve que aprender na marra a defender-se das pendengas com os manos, que tendem a impor suas vontades, tanto nas brincadeiras como nas discussões e trocas de “agrados”.

Adulta, advogada com ótima formação, já havia me surpreendido quando nas eleições, recomendava os candidatos nos quais deveria votar e numa dessas vezes afirmou que nunca levou a sério minhas indicações, votando normalmente em políticos pelos quais eu não tinha a mínima simpatia.

Percebendo nosso desencontro sobre esses assuntos, deixei de tentar influenciá-la, pois apesar de ter crescido num lar com pais que detestam a esquerda, principalmente os políticos do PT, deve ter sido levemente contaminada pelos seus mestres, pois como sabemos as escolas de nível médio e universidades, estão totalmente nas mãos da esquerda festiva, influenciando grande parte dos hoje adultos, que nasceram e cresceram durante o período do governo dos militares.

Interessante que essa conversa mais profunda, aconteceu agora, com minha filha já madura, nascida aqui no Rio, no final do regime militar, mãe de um casal de filhos maravilhosos, que talvez tenha despertado para a realidade, que a esquerda vagabunda que nos governou por quase vinte anos desgraçou o país, retardando nosso desenvolvimento, além de espoliá-lo, condenando-nos ao terceiro mundo e ao chavão de país do futuro, que ainda não chegou e dificilmente chegará.

Pela primeira vez, perguntou seriamente como foi nossa vida durante o regime militar, dando chance para que eu finalmente pudesse esclarecê-la sobre a verdade dos fatos, não a baboseira ideológica que aprendeu na escola e na faculdade.

Expliquei a ela, que melhor época profissional de minha vida, ocorreu justamente no período da Revolução, quando os militares derrubaram Jango impedindo a instalação do comunismo no Brasil.

Após o golpe, a situação do país melhorou de forma intensa, com o crescimento da economia, da oferta de empregos, com melhoria no ensino, na saúde, e na segurança, que não era ruim, mas melhorou de tal forma, permitindo-nos total liberdade no ir e vir, pois os militares eram duros com os criminosos, inclusive com os membros da Revolta Armada, que timidamente insistia em lutar na clandestinidade, tentando nos impor o comunismo, não um regime liberal como os anistiados mentem deliberadamente.

Parte desse período passei em Atibaia, trabalhando na CESP, sede de uma regional que cuidava da reforma, manutenção e extensão da rede de inúmeras localidades, atuando com recursos e competência necessária, levando o progresso para pequenas cidades que hoje são importantes centros industriais e de turismo.

O trabalho era prazeroso, pois os resultados eram visíveis a curtíssimo prazo, e um fato importantíssimo para qualquer empresa, as “Contas de Luz em Atraso eram insignificantes”, não atingindo 3%(três por cento) do valor do faturamento mensal.

O tratamento era igual para todos os consumidores, quem não pagava tinha sua energia cortada, inclusive prefeitos, juízes e delegados. As autoridades simplesmente recebiam um aviso que tinham esquecido de pagar as contas, e caso não o fizessem, eram também “cortadas”.

A situação atual das concessionárias de energia elétrica é catastrófica, com altíssimo nível de inadimplência, desvios(roubos) de energia elétrica aos milhares, principalmente nas capitais e cidades grandes, e obviamente com as tarifas superelevadas, para compensar as perdas.

Após essas minuciosas explicações, minha filha perguntou se havia muitos policiais e militares nas ruas, carros de combate, postos de fiscalização, etc.

Ponderei, que tanto no período que passei em Atibaia, como em São Paulo, a situação nas cidades era perfeitamente normal, sem qualquer aparato militar visível. A vida corria normalmente, com tranquilidade e segurança para a maioria da população honesta e trabalhadora. Os embates com os grupos guerrilheiros ocorriam longe dos nossos olhos, a não ser em eventuais atentados e assaltos a bancos, porem poucos significativos no contesto pacifico em que vivíamos.

Obviamente, ocorreram alguns excessos, porem comparando com outros países que sofreram intervenção militar, como nossos vizinhos Argentina e Chile, o número de guerrilheiros e simpatizantes mortos e desaparecidos é insignificante.

A meu ver, o único erro dos militares, ao deixarem o poder, foi a anistia ampla, geral e irrestrita, concedida aos bandidos e terroristas que, trastes e corruptos que hoje dominam a esquerda e se infiltraram no governo brasileiro, conseguindo vencer 5 eleições presidenciais.

Acredito, que o bate papo tardio tenha sido esclarecedor, e mais coisas foram ditas e discutidas, pois a situação atual é periclitante, e quem ainda insiste em apoiar o atual governo é ruim da cabeça ou está levando vantagens, que não é o caso de minha esperta filhota.

Confesso sem qualquer constrangimento, que foi o melhor período profissional de minha vida. E também muito bom e profícuo, no privado.

Fora Mula!

 

José Roberto- 15/05/25

 

Um comentário:

  1. Concordo com as suas colocações completamente. Por incrível que possa parecer, no dia das mães, me ligou uma filha de um amigo de Juiz de Fora, e em função do que ela me perguntou, sobre o momento atual que estamos vivendo, praticamente passei a ela coincidentemente as informações que relatou para sua filha, acrescentando que o Brasil é um país que de 1998 (governo FHC) a 2024 teve dez picos de crescimento, mas que, no entanto, não significaram nada e saímos do lugar. Ou seja, em relação aos PIB corrente e PIB per capita, o Brasil, conforme estudo feito pelo economista Ricardo Bergamini, onde ele soma o “sobe e desce” desses indicadores, demonstrou que o resultado é “SEMPRE PRÓXIMO A ZERO”. Resumo da ópera: “Vivemos de ilusão e através de manchetes de uma retomada do crescimento econômico que nunca chega”.

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