O MAPA DA
MINA
Forçada a
remexer nas entranhas fétidas do INSS, pelo volume de reclamações recebidas e
por finalmente a mídia amestrada, ser forçada a divulgar o elevado nível de corrupção
infestado no importante órgão, percebe-se que a roubalheira é muito maior que
os bilhões levantados numa primeira peneirada.
Cada vez que
a Polícia Federal aprofunda um pouco mais as investigações, fuçando arquivos,
analizando dados de computadores, constata-se novos meandros, por onde o
dinheiro dos aposentados era desviado pela famigerada quadrilha.
Obviamente esse infame assalto tinha a conivência
de importantes funcionários do órgão, que davam as “dicas”, fornecendo os meios
e facilitando a irrigação constante dos dutos de grana, que irrigavam a horta
da quadrilha.
O problema é
que os corruptos não se limitavam apenas aos desvios de pequenos valores de
milhões de aposentados, cujas cifras astronômicas vão se corrigindo, já
ultrapassando com folga os 6 bilhões.
O canalhas,
conhecendo o mapa da mina, partiram para explorar um filão mais promissor, o
dos “Empréstimos Consignados”, que nesse último governo foi incentivado e
facilitado, chegando a atingir em 2023 o impressionante cifra de 90 bilhões de
reais.
É exatamente
a mesma história, o mesmo modus operandi, pois grande parte desses empréstimos não
eram solicitados pelos pensionistas, mas por membros da quadrilha, que utilizando
dados surrupiados de terceiros, contraiam empréstimos vultuosos a serem
amortizados a longo prazo, e davam um jeitinho de transferir para contas de
laranjas, os valores, logo após serem creditados nas contas dos pobres fodidos.
Quando os
aposentados notavam o significativo desconto em seus contracheques, corriam
para reclamar nas agências do INSS, tentando provar não serem os autores dos empréstimos,
porem com a burocracia exigida, o processo levava algum tempo.
Depois de
constatada a fraude, os reembolsos eram efetuados, mas a grana desviada já
estava longe do alcance do INSS, engordando tranquilamente as contas do muitos
envolvidos na gatunagem.
Ocorre, que
por não conseguir recuperar a grana desviada, os prejuízos ficavam com o próprio
INSS, um órgão com um orçamento deficitário, que caminha inexoravelmente para
uma situação de total falta de liquidez, que provavelmente em poucos anos, não
terá recursos para honrar seus compromissos com os aposentados.
Com um péssimo
governo gastador, sem discriminar origens dos recursos, tentando sempre criar
novos impostos para sustentar a imensa e corrupta maquina administrativa, com
as despesas crescentes de nossos Tribunais, com mordomias consumindo bilhões, com
nossa porcaria de Congresso em situação idêntica, nadando de braçadas com as
emendas Pix e secretas, tudo em indica, que o que está ruim, vai ainda piorar.
Não há
impostos que chegue, para cobrir essa desavergonhada roubalheira.
Fora Mula!
José Roberto-
06/05/25
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