QUESTÃO DE
FÉ
Podem não
acreditar, mas rezo todas as noites, ao deitar, pedindo a Nossa Senhora de
Aparecida e uma razoável lista de santos, que intercedam por mim, a Deus, que
conceda graças e abençoe minha família, filhos, netos, irmãos, sobrinhos, agregados
e alguns amigos especiais.
Dizem, que a
oração dos pecadores soa melhor aos ouvidos de Deus, mas tenho dúvidas, pois
peço repetidamente algumas graças especiais, que ainda não foram atendidas,
talvez a espera do momento adequado, cujos desígnios são difíceis de serem
compreendidos por nossa mente limitada.
Porem, com
minha fé que as vezes dá uma balançada, não desisto, continuo rezando e
pedindo, até um dia, talvez, quem sabe?
Interessante,
que mesmo não sendo um carola, como sempre digo, apenas um católico meia boca,
acredito fielmente na proteção que recebo do meu “Agnus Dei”, medalha inseparável
que considero parte do meu corpo.
Durante meus
longos anos de mergulhador e pescador, jamais consegui sair ao mar sem minha
proteção, sempre pendurada em meu pescoço, atualmente com barbante trançado,
porque já tentaram duas vezes roubar a corrente de ouro do meu pescoço, quando
passeava tranquilamente com meu saudoso e fie escudeiro, o inesquecível pug, Vick.
Nas duas
vezes, apesar do susto e da corrente ser arrebentada, evitei que fosse levada,
reagindo e surpreendendo os trombadinhas. A primeira vez, 2 marmanjos a pé, na
segunda um malandro de bicicleta. Na primeira vez, somente depois do ataque e
de minha reação instantânea, ao fugirem, notei que um deles deixou cair metade
de uma tesoura, que usava como arma para intimidar vítimas indefesas, que não é
o meu caso. Obviamente o Agnus Dei me protegeu, bem como em outros casos
bastante sérios, que talvez exponha em algum de meus futuros textos.
Hoje vou
mencionar um caso em que além da fé, é imprescindível que a pessoa acredite e
seja sugestionável, embora não compatível com a religião católica, mas que para
muitos, inclusive alguns conhecidos, os resultados foram verdadeiros milagres.
O episódio
ocorreu há mais de vinte anos. Um velho conhecido, tinha um sócio,numa pequena
empresa que mexia com câmbio, onde eventualmente comprava alguns dólares.
O sócio
desse meu conhecido, vinha padecendo de um câncer ferrado, em estado avançado,
já não respondendo aos tratamentos com radiação e quimioterapia, beirando uma
situação terminal.
Numa das
vezes que estive na corretora, não sei como surgiu o assunto, palpiteiro como
sempre, sugeri, mesmo não acreditando em benzedores e milagreiros, que meu
amigo informasse ao sócio desesperançoso, que tentasse uma consulta com um médium
que atendia em Bom Jesus dos Perdões-SP, cuja fama atraia milhares de crentes,
buscando refrigério para seus males do corpo e da alma.
Quando ia a
Piracicaba visitar minha mãe e irmãos, ao passar pela Rodovia Dom Pedro II,
defronte a cidade, notava sempre um extensa fila de carros, fato que chamava
minha atenção, esclarecido por meus amigos e antigos colegas de trabalho que
ainda moram em Atibaia, cidade vizinha de Perdões. A fama do “benzedor”
ultrapassava os limites da cidade e do estado.
Dito e
feito.
Meu amigo
falou com o sócio, que foi a uma ou talvez mais consultas com o médium e milagrosamente
teve uma rápida incrível melhora, voltando inclusive a trabalhar normalmente.
Soube, que a
mulher do sócio, que provavelmente estava de olho na herança e já engatilhada
com algum “novo” pretendente, ficou muito aborrecida, rompendo as relações com
meu conhecido, pois já contava os dias para enterrar o pobre marido.
Não sei
quanto tempo de sobrevida teve o sócio, pois tomamos caminhos diferentes e
perdi o contato com o velho conhecido.
Sei que as
vezes, ao acreditar no que busca, ter muita fé, faz com que nossa mente haja em
nosso organismo realizando mudanças, que parecem realmente milagres.
Essa é a
realidade que ocorre em muitas igrejas caça niqueis evangélicas, que exploram a
falta de instrução e boa fé de pessoas carentes, simulando e até as vezes
acontecendo alguns “milagres”, pois pessoas humildes e sem cultura, são mais
sugestionáveis e crédulas.
Acho que é
muito difícil ser agnóstico, pois nas horas de aperto e necessidade, temos que
acreditar em um Deus ou em qualquer outro muro de arrimo.
Um bom dia
para todos, menos para o capeta de nove dedos.
Fora Mula!
José
Roberto- 28/05/25
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