quarta-feira, 28 de maio de 2025

QUESTÃO DE FÉ

 

QUESTÃO DE FÉ

 

Podem não acreditar, mas rezo todas as noites, ao deitar, pedindo a Nossa Senhora de Aparecida e uma razoável lista de santos, que intercedam por mim, a Deus, que conceda graças e abençoe minha família, filhos, netos, irmãos, sobrinhos, agregados e alguns amigos especiais.

Dizem, que a oração dos pecadores soa melhor aos ouvidos de Deus, mas tenho dúvidas, pois peço repetidamente algumas graças especiais, que ainda não foram atendidas, talvez a espera do momento adequado, cujos desígnios são difíceis de serem compreendidos por nossa mente limitada.

Porem, com minha fé que as vezes dá uma balançada, não desisto, continuo rezando e pedindo, até um dia, talvez, quem sabe?

Interessante, que mesmo não sendo um carola, como sempre digo, apenas um católico meia boca, acredito fielmente na proteção que recebo do meu “Agnus Dei”, medalha inseparável que considero parte do meu corpo.

Durante meus longos anos de mergulhador e pescador, jamais consegui sair ao mar sem minha proteção, sempre pendurada em meu pescoço, atualmente com barbante trançado, porque já tentaram duas vezes roubar a corrente de ouro do meu pescoço, quando passeava tranquilamente com meu saudoso e fie escudeiro, o inesquecível pug, Vick.

Nas duas vezes, apesar do susto e da corrente ser arrebentada, evitei que fosse levada, reagindo e surpreendendo os trombadinhas. A primeira vez, 2 marmanjos a pé, na segunda um malandro de bicicleta. Na primeira vez, somente depois do ataque e de minha reação instantânea, ao fugirem, notei que um deles deixou cair metade de uma tesoura, que usava como arma para intimidar vítimas indefesas, que não é o meu caso. Obviamente o Agnus Dei me protegeu, bem como em outros casos bastante sérios, que talvez exponha em algum de meus futuros textos.

Hoje vou mencionar um caso em que além da fé, é imprescindível que a pessoa acredite e seja sugestionável, embora não compatível com a religião católica, mas que para muitos, inclusive alguns conhecidos, os resultados foram verdadeiros milagres.

O episódio ocorreu há mais de vinte anos. Um velho conhecido, tinha um sócio,numa pequena empresa que mexia com câmbio, onde eventualmente comprava alguns dólares.

O sócio desse meu conhecido, vinha padecendo de um câncer ferrado, em estado avançado, já não respondendo aos tratamentos com radiação e quimioterapia, beirando uma situação terminal.

Numa das vezes que estive na corretora, não sei como surgiu o assunto, palpiteiro como sempre, sugeri, mesmo não acreditando em benzedores e milagreiros, que meu amigo informasse ao sócio desesperançoso, que tentasse uma consulta com um médium que atendia em Bom Jesus dos Perdões-SP, cuja fama atraia milhares de crentes, buscando refrigério para seus males do corpo e da alma.

Quando ia a Piracicaba visitar minha mãe e irmãos, ao passar pela Rodovia Dom Pedro II, defronte a cidade, notava sempre um extensa fila de carros, fato que chamava minha atenção, esclarecido por meus amigos e antigos colegas de trabalho que ainda moram em Atibaia, cidade vizinha de Perdões. A fama do “benzedor” ultrapassava os limites da cidade e do estado.

Dito e feito.

Meu amigo falou com o sócio, que foi a uma ou talvez mais consultas com o médium e milagrosamente teve uma rápida incrível melhora, voltando inclusive a trabalhar normalmente.

Soube, que a mulher do sócio, que provavelmente estava de olho na herança e já engatilhada com algum “novo” pretendente, ficou muito aborrecida, rompendo as relações com meu conhecido, pois já contava os dias para enterrar o pobre marido.

Não sei quanto tempo de sobrevida teve o sócio, pois tomamos caminhos diferentes e perdi o contato com o velho conhecido.

Sei que as vezes, ao acreditar no que busca, ter muita fé, faz com que nossa mente haja em nosso organismo realizando mudanças, que parecem realmente milagres.

Essa é a realidade que ocorre em muitas igrejas caça niqueis evangélicas, que exploram a falta de instrução e boa fé de pessoas carentes, simulando e até as vezes acontecendo alguns “milagres”, pois pessoas humildes e sem cultura, são mais sugestionáveis e crédulas.

Acho que é muito difícil ser agnóstico, pois nas horas de aperto e necessidade, temos que acreditar em um Deus ou em qualquer outro muro de arrimo.

Um bom dia para todos, menos para o capeta de nove dedos.

Fora Mula!

 

José Roberto- 28/05/25

 

 

 

 

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