RIO DE JANEIRO, ONDE PREVALECE A LEI DO ROUBO LIVRE
Quando li a notícia pensei que fosse alguma piada, pois
nós, moradores desta cidade sem lei, sabemos que por aqui rouba-se de tudo.
Falsos trabalhadores da Prefeitura, devidamente
uniformizados e muito bem equipados, roubavam tranquilamente paralelepípedos em
uma rua de Cascadura, bairro da zona norte do Rio.
Esse incrível roubo somente foi detectado, porque um funcionário
da Secretária Municipal de Conservação, morador nas proximidades, estranhou a
realização do serviço, pois a via pública estava em boas condições de uso e
resolveu dar uma espiada, notando que “não era o que parecia ser”, chamando a
polícia que prendeu os seis falsos operários. O motorista e o caminhão se escafederam,
ao perceber a chegada dos homens da lei.
Acredito que seja o primeiro caso desse tipo de roubo
registrado no Rio de Janeiro e talvez no Brasil, se bem que aqui na cidade
maravilhosa, já roubaram até toneladas de estruturas de aço, quando da
demolição da Perimetral, que até hoje não foram encontradas.
Depois das restrições impostas pelo STF, limitando a
atuação das forças policiais, o Rio virou refúgio seguro para criminosos de
todas especialidades, tanto assim que devemos ter batido o recorde mundial,
pois em apenas 4 dias no início deste mês, foram roubados 827 veículos no
estado, quase um terço desse montante, em nossa cidade.
Garanto que também somos imbatíveis no quesito “roubo de
cabos e fios”, pois quase diariamente, os trens que atendem os subúrbios,
deixam de circular por roubos de cabos e equipamentos, causando sérios
transtornos a população em geral.
O mesmo acontece com sinais de transito, cabos telefônicos,
ocorrendo casos de até iluminação de tuneis serem praticamente desligadas por
roubo desses materiais, revendidos aos Ferro Velhos irregulares, que existem
nos subúrbios. É um desleixo total e falta de vergonha, pois esses receptadores
poderiam ser melhor fiscalizados e fechados.
Se apenas alguns Ferro Velhos devidamente regularizados funcionassem,
não haveria essa roubalheira generalizada de cabos e fios, pois esse tipo de
crime em outras capitais e grandes cidades, a incidência é mínima.
O afrouxamento no combate aos traficantes e milicianos
diretamente em seus redutos, aumenta a ousadia desses perigosos marginais,
refletindo inclusive nos bandos de trombadinhas e trombadões, que aceleram os
roubos de celulares e assaltos em geral, impingindo-nos a sensação de
insegurança, com a qual somos obrigados a conviver, limitando nosso direito de
ir e vir, principalmente no período noturno.
Agora, nesta semana em que começa o Carnaval, com a
cidade repleta de turistas incautos, que teimam em nos visitar, a gatunagem em
geral, assanhada, se regozija antecipadamente com o provável fruto de suas
rapinagens.
É tempo de nos espantarmos até com nossa própria sombra.
Fora Mula
José Roberto- 24/02/25
Infelizmente, eu e um grande número de amigos aqui de Sampa, estamos adiando nossas idas ao Rio de Janeiro, principalmente de automóvel, pois se vacilarmos poderemos cair numa cilada. Não dá pra confiar nem no "Wase". Pior ainda é que não sabemos até quando a insegurança irá "Reinar na Cidade Maravilhosa".
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