OS DONOS DO SENADO

 

OS DONOS DO SENADO

 

Não tenho dúvidas, que o sistema de representatividade dos estados no Senado, foi bolado por políticos do Norte e Nordeste.

A distribuição de 3 senadores por estado, sem considerar a densidade demográfica é uma aberração, pois estados com pequena população, como Roraima e Amapá, respectivamente com 716 mil e 803 mil habitantes, tem cada um 3 senadores, um despautério, se compararmos com São Paulo, com 46 milhões de habitantes, tendo também apenas 3 senadores.

No quadro geral, as regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste, tem mais do dobro de habitantes que as regiões Norte e Nordeste. O foda é que as regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste, tem um total de 11 estados, incluindo o Distrito federal, portando contando com 33 senadores para defender seus interesses, enquanto as regiões Norte e Nordeste, tem 16 estados, sendo representadas por 48 senadores.

É uma situação totalmente incômoda, pois com maioria de representantes, no geral, o Senado é sempre presido por nordestinos ou nortistas, que obviamente dão preferência às suas regiões, tanto na distribuição de recursos, como realização de obras, tendo ainda com alavancagem das verbas secretas dos 48 senadores, alguns bilhões, distribuídos em pequenas cidades, garantindo votos encabrestados em eleições futuras.

Essa marotagem não acontece na Câmara Federal, pois a representatividade dos estados, nessa Casa, leva em conta o número de habitantes para definição dos coeficientes eleitorais, critério mais justo, equilibrando a distribuição de recursos, mesmo assim, os estados da região sudeste, são garfados em centenas de bilhões de suas arrecadações de impostos, transferidos por determinação legal, aos estados mais pobres das regiões Norte e Nordeste, que pelo jeito, aplicam mal ou desviam esses volumosos recursos, pois continuam pobres, com baixíssimos IDH.

Na real, é muito mais fácil um senador ou deputado federal ser eleito por um dos estados das regiões Norte e Nordeste, necessitando obter uma mixaria de votos, enquanto nos demais estados o coeficiente eleitoral é muito mais puxado, exigindo muitos milhares de votos.

Para caracterizar essa disparidade, o senador Davi Alcolumbre-AP, foi eleito com 196 mil votos, enquanto em São Paulo, o senador Marcos Pontes se elegeu com mais de 10 milhões de votos.

Observamos, que nos últimos 23 anos, o Norte e o Nordeste dominaram a Presidência da Casa, com figuras controvertidas e corruptas, sendo eleitas e reeleitas várias vezes, conforme relacionado a seguir:

-José Sarney marimbondo de fogo- AP- 3 vezes

-Renan Calheiros, cachaço das alagoas- AL- 4 vezes

-Tião Viana- AC-  1 vez

-Garibaldo Alves- RN – 1 vez

Eunício Oliveira- CE – 1 vez

Davi Alcolumbre- 2 vezes (atual ocupante do cargo)

Rodrigo Pacheco- MG- 2 vezes. Um merda mancomunado com o STF que nada fez, além de arquivar pedidos de cassação de ministros. Nascido em Porto Velho-AC, mas eleito por Minas Gerais. O merda quer ser candidato ao governo do estado. Espero que os mineiros não cometam novamente uma grande burrada.

Confirmando que mandam efetivamente no Senado, todos os membros indicados para a Mesa Diretora são políticos do Norte ou Nordeste, comprovando, que se a diretoria anterior era ruim, a atual é muito pior.

Essa aberração deveria ser extinta, pois estados com pequena densidade demográfica, dependentes de verbas da união (sugadas dos estados do Sul, Sudeste e Centro Oeste) para subsistência, deveriam ter no máximo, 1 senador, equilibrando a representatividade em nossa democracia capenga.

Fora Mula!

 

José Roberto- 06/02/25