TEMPO BOM,
SUJEITO A CHUVAS E TROVOADAS
Tenho
certeza que boa parte dos meus fiéis e pacientes leitores, lembram das “exatas”
previsões do tempo, transmitidas pela Radio Nacional do Rio de Janeiro, no
tradicional programa “Repórter Esso”, que começava exatamente as 20,25 horas.
Recordo que
meu pai, ficava sempre de prontidão aguardando o noticiário, não tanto pelas
notícias, mas para conferir a hora com seu belo Patek Philippe, de bolso, que
tinha recebido de herança.
Previsões esparsas
com pouquíssima qualidade, recebidas muitas vezes com atraso de estações meteorológicas
dos Estados Unidos, terminando
invariavelmente com a célebre frase, “previsão para os próximos dias, tempo
bom, sujeito a chuvas e trovoadas”.
As previsões
começaram a ter maior destaque, quando a Rádio Panamericana de São Paulo, tentando
aumentar sua audiência deu destaque ao assunto, criando em 1963, uma chamada geral,
conduzida com muita eficiência por Narciso Vernizzi, que ficou nacionalmente
conhecido, como “O Homem do Tempo”.
Obviamente,
as previsões obtidas junto a Força Aérea, continuavam deixando a desejar, mas Narciso
com sua voz potente dava um polimento nas informações, com um blá, blá, blá bastante
deglutível, saindo também pela tangente, terminando com a tradicional frase
acima mencionada.
A partir de
1980, a televisão brasileira em seus informativos, reservou um pequeno espaço
para informar a previsão do tempo nas principais cidades e capitais do pais, com
dados fornecidas pela empresa paulista CLIMATEMPO, já com melhor qualidade(apenas
um pouquinho).
A novidade, além
das constantes falhas, eram as apresentadoras, normalmente mulheres bem
jeitosas, que serviam ao menos para amenizar as constantes desgraças ocorridas
no país e no mundo.
Costumo
comparar nossa desajeitada previsão, com a dos USA, o que é uma sacanagem, pois
estamos há anos luz dos americanos.
Minha referência
se baseia em experiencia própria, quando em 1984, em Boston, acompanhado de
Regina e Maria Silvia, vimos neve pela primeira vez.
Previsão
para as 21,00 horas e chuva as 03,00 da
madrugada, transformando a neve em gelo escorregadio.
Exatamente
como previsto, por volta das nove da noite, saímos a rua para vê-la, sendo aos
poucos, coberta por um manto branco que resplandecia a luz dos refletores da iluminação
pública.
Não
testemunhamos o horário em que a chuva começou, mas temos certeza, que se houve
variação, foi insignificante. Se o sistema já era bom, atualmente é ainda
melhor.
Contei toda
essa história, fazendo um grande prólogo para o que ocorreu hoje aqui no Rio,
cidade que deve ter uma implicância com o Climatempo, pois continuam em débito
com relação aos acertos.
A simpática mocinha
do noticiário local de TV, já se desculpando por ter errado a previsão de
ontem, garantiu que hoje, amanheceríamos com tempo relativamente nublado, sem
chances de chuva, tendendo a melhorar ainda mais durante o dia.
Acordei de
madrugada como de costume, percebendo que chovia forte.
Pelo
celular, vi que vários pontos da cidade estavam alagados e o trânsito normalmente
bom nesse horário, já começava a apresentar retenções.
Assim que
ficou mais claro, observei as “Cachoeiras” que desandavam da pedreira que fica
nos fundos do prédio, retratando-a para postar no Blog, assunto abordado hoje.
Quando chove
forte, a águas escorrendo pelas rochas é um belo espetáculo, mas as vezes, em excesso,
inunda nossas quadras prejudicando o piso.
A solução
para o problema que acabará com o belo visual, será o corte das arvores que
nasceram obstruindo a canaleta que margeia todo o morro, caminho para conduzir
a enxurrada a galeria de águas pluviais.
Como síndico
há muitos anos, venho postergando essa medida radical, porém, com nossas
quadras recém reformadas não haverá escapatória.
Teremos que
ser radicais, limpando a área.
Perder um
belo espetáculo para não prejudicar as arias de lazer do condomínio.
Aproveito
para lembrar aos amigos, que se aproxima a hora de limparmos nosso Congresso, também
de forma radical.
Mula é
ladrão!(com ou sem chuva)
José
Roberto- 14/07/22
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