CADÊ A TURMA DO TÊNIS?
Já está virando praxe o uso do Blog para expor minhas
desventuras na quadra do Rhapsody, onde já reinei e dei as cartas a meu bel
prazer.
Depois da fortíssima bolada traiçoeira, desferida por
Marcelinho Formiga Atômica em meu pulso esquerdo, que pela violência refletiu
em todos os músculos de meu velho corpo, culminando por descolar a retina do
meu olho “sinistro”, tornei-me presa fácil dos vingativos companheiros do
tênis.
Virei uma mala sem alça, com todos torcendo o nariz em
fechar comigo numa dupla.
Paulinho Explicadinho e Juarez Perfumado, após baterem uma
bola, tentaram organizar um joguinho no sábado. Difícil acertar com os
convidados.
Carlos, o Kgão, resolveu dar uma de cuco. Bota a cabeça na
varanda do apartamento e diz que não vai comparecer, pois com filho pequeno tem
que dar uma mão para a patroa.
Miguelito, com o tornozelo ainda em recuperação, fruto de
ter enfiado o pé num buraco de tatu em sua derradeira pelada, só aparece na
hora da manguaça, provavelmente com medo da língua afiada dos parceiros.
Sobrou o Zé como única alternativa.
Depois de curtir uma
forte gripe durante toda a semana, desci ainda debilitado e fraquinho, para o sacrifício,
pois faltava um para completar as duplas.
Coube a Paulinho Explicadinho, a árdua tarefa de carregar o “pacote”,
Se na fase atual, bem fisicamente já não enxergo a bola e
erro quase todas, imaginem minha ruindade jogando estropiado.
Paulinho foi ficando puto com minhas constantes cagadas,
pois perdíamos feio de 5X0 quando num saque, acertou uma forte bolada no meu
cotovelo esquerdo. Ainda bem que pegou na parte dura, sem carne e músculos,
caso contrário os danos poderiam ter sido irreversíveis, alem de um belo
hematoma.
A cacetada até que surtiu efeito, pois melhorei um pouco meu
jogo. Conseguimos fazer três pontos seguidos e vencer outra partida por 6x4,
coisa rara que precisa ficar registrada.
Como se já não bastasse enfrentar Marcelinho, cuja presença
na metade oposta da quadra me causa calafrios, virei alvo de todos, embora
reconheça, que o frio agressor, arrependido, tem se portado como um gentleman,
evitando jogadas mais ríspidas quando nos enfrentamos.
A agressão inesperada de Paulinho só se justifica, pelo fato
que estava “enterrando” o jogo, como
também por sua irritação, porque
normalmente interrompo suas imensas perguntas e perorações no pós-jogo, hora da
manguaça, onde o danado quer saber até a cor a cueca de cada um.
Apesar da minha grave contusão, acertamos novo embate para o
domingo, prejudicado devido a chuva.
Marcelinho, atualmente muito mais confiável devido a sua
contrição e arrependimento, propôs um enfrentamento civilizado no salão de
sinuca, que aceitei prontamente, ficando encarregado de levar as biritas.
Mesmo considerando a fase “amorosa” que vivemos, fico sempre
com um olho bem aberto, pois sinuca não é assim tão inofensiva.
Sempre pode escapar uma jogada mais forte, com a bola
atingindo o adversário, ou ainda uma tacada casual num movimento inesperado. È sempre
melhor prevenir que remediar.
Jogamos varias partidas entremeadas de vários copos de caipirosca
de maracujá e um tiragosto apimentado, bastante apetitoso e deglutivel.
Quanto as partidas em si, uma lástima.
Ainda bem que não havia torcida para assistir nossa triste
performance, pois em sinuca somos um fracasso.
Tentamos, mas as bolas não caem. Acredito piamente que as
caçapas da mesa de sinuca do prédio são mais estreitas, ou a bolas maiores que
a normais.
Como síndico, preciso dar um jeito nesse problema, pois
sempre tive boa mira, mesmo com um olho apenas.
Valeu pelo bom papo, pelas intrigas e fofocas, pois nossa
turma está se tornando um fiasco.
Cada vez mais difícil em juntar todos.
José Roberto- 03/06/19
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