REVENDO IRMÃOS E SOBRINHOS
Depois de cinco anos retorno a Piracicaba, aproveitando o
casamento de uma sobrinha neta para rever irmãos e sobrinhos queridos, que por
razões que nem o coração e a razão explicam estiveram distantes durante essa
quase eternidade.
Apesar dos telefonemas, dos cumprimentos nas datas festivas,
abraçar as queridas irmãs que foram tão importantes em minha educação e
formação e os irmãos, companheiros de jogos, folguedos, aventuras e namoricos,
é um prazer incomensurável.
Um toque, um beijo, um abraço com um desses queridos, aviva
a chama do amor fraterno, aquecendo velhos corações numa troca de energia
somente perceptível e entendida por aqueles que partilharam lares felizes, onde
eventuais carências materiais eram supridas com folga pelo amor recíproco entre
pais e irmãos.
Quantas lembranças ressurgem em nossas mentes desgastadas e
superlotada de informações.
Fatos e acontecimentos relembrados, alguns esquecidos há
muito, outros ainda vivos, pois deixaram marcas indeléveis. Cada um de um jeito
peculiar, de acordo com as preferências.
Tanto para conversar com todos e com cada um em particular e
com tempo insuficiente para essa tão agradável empreitada.
Que saudades das nossas aventuras, peladas de futebol,
pescarias, caçadas, das “artes e aprontos”, das incursões amorosas em pleno
desabrochar da adolescência e explosão dos hormônios.
Tomando um cafezinho, ou entre cervejas e tira-gostos,
trocamos histórias particulares e lembranças comuns. Trocamos apenas alegrias,
deixando as eventuais tristezas adormecidas nos escaninhos secretos de nossos
corações.
Tão bom rever sobrinhos queridos que vimos nascer, hoje
homens feitos e pais como nós, um deles até casando uma das filhas, um dos
motivos desse nosso retardado encontro.
Apesar do tempo corrido, muito foi dito, muitos beijos e
abraços, muito carinho e emoção, turbinando nossos velhos corações com
adrenalina em seu estado mais puro, de verdadeiro amor fraterno.
Acredito, que cada um de nós se pergunta o porquê desses
encontros tão espaçados, qual a razão de não abreviarmos esses longos
intervalos?
Tentamos nos justificar alegando problemas de distância,
assuntos particulares e principalmente problemas de nosso próprio núcleo familiar,
com filhos e agora netos que jamais “desmamamos”, sempre ligados ao nosso cordão
umbilical.
Nas despedidas, a promessa difícil de cumprir, que
tentaremos nos reunir com mais frequência.
Piracicaba mudou, quase não reconheço as ruas onde brincava
tranquilo em minha infância.
Nós mudamos, constituímos família, envelhecemos e vamos
vivendo da melhor forma possível.
Todavia o que não muda, nem envelhece, é o amor e empatia
que desfrutamos mutuamente, numa troca carinhosa de afeto e lembranças, sentimentos
alicerçados em nossos corações pelo trabalho maravilhoso de nossos queridos e
saudosos pais, Tonico e Hercília.
José Robert 03/12/18
Parabéns Betão....araco a a todos.
ResponderExcluirMuito bom texto e cheio de emoção. Como diz o ditado: "A família é o berço de tudo".
ResponderExcluirGimael ,familia grande que beleza,nos encontros que fazemos também as lembranças faz um bem enorme .Seu texto impecavel.Vale todo esforço para encontros mais proximos.Abraços na Familia.
ResponderExcluirQue bom Pai, fico muito feliz por vc ter trocado essa energia. Que legado maravilhoso que meus avós deixaram, o melhor de todos. Eles devem estar sorrindo lé do céu.
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