PARA QUE SERVE O VICE?
Para o brasileiro comum, vice equivale a ser praticamente
nada.
No meio futebolístico é até motivo de pilhérias, pois tem
equipes que viciaram ficar na rabeira, amarelando na hora da decisão,
Até mesmo em outros tipos de competições, vice é o prêmio de
consolação que não consola, inclusive em certames e concursos literários.
O que vale mesmo é ser o primeirão da fila, o campeão, o
vencedor; quanto aos demais, ficam na sombra, reservas, estepes, pois lhes
faltaram fôlego ou conhecimento para serem as locomotivas nessas disputas.
Já no cenário político, vice ainda tem um bom peso relativo,
sendo moeda de barganha, onde os partidos mais importantes compram esses “encostos”
em troca de alguns segundos a mais na TV, oferecendo em contrapartida, cargos e
ministérios ao partido de aluguel.
Em nosso sistema de governo, desde Prefeitura, Estado e
Governo Central, vice não apita coisa alguma, é um pinguim de geladeira que
observa com inveja o titular mandar e desmandar a seu bel prazer, dignando-se
quando muito, a enviá-lo como seu representante em encontros ou eventos
chatérrimos que não rendem votos.
O grande problema dessa função desnecessária é o custo de
sua manutenção, pois alem das centenas de cargos que serão preenchidos por
indicados pelo partido, todos especialistas em lesar o patrimônio público, o
Vice tem um bocado de mordomias, casa, palácio, carros, assessores, seguranças
e outras vantagens secretas.
Alguns tem até o cobiçado cartão de credito funcional, com
despesas generosas mantidas em sigilo. Sacanagem boa e da grossa.
Outra questão incômoda do Vice, é que de tanto fazer nada,
picado pelo piolho da inveja, o danado pode insuflar sub-repticiamente a discórdia,
num meio povoado por aves da rapina e hienas, tentando explodir a carreira do
titular, de olho gordo no cobiçado trono, ou seja, finalmente tentando ser o
primeirão.
Num momento de grana curta, quando se fala em contenção de
despesas, a extinção do cargo de Vice em todos os níveis, séria um dos
primeiros passos para enxugamento da máquina pública, bem como a eliminação dos
cargos que seriam destinados aos partidos como pagamento pelos segundos extras
na TV.
Alem da economia com os salários desses crápulas, diminuiríamos
o numero de salteadores espalhados pelas repartições públicas, sempre de olho
nos cofres da viúva.
O primeiro passo para uma necessária e urgente reforma
eleitoral.
José Roberto- 03/08/18
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