BONNER, RENATA, QUE PAPELÃO!!!
Tive que me conter, tamanha era a vontade de escrever logo após
a primeira entrevista dos principais candidatos a Presidência, pois considerei
de péssimo gosto o tratamento dado a Ciro Gomes.
Deixo claro que não vou com a cara de Ciro, pois o considero
destrambelhado, bocudo e fanfarrão, mas ao menos parece não ser corrupto. Até o
momento nada foi levantado contra o cearense marrento.
Bonner e Renata Vasconcellos falaram mais que o candidato,
levantando picuinhas passadas, sempre tentando deixar Ciro numa sinuca de bico,
talvez esperando sua explosão, pois reconhecidamente Ciro tem pavio curto.
Contrariando expectativas, Ciro portou-se educadamente, até
demais, deixando que os entrevistadores exorbitassem em suas imensas
colocações, imitando Suplicy, o rei da embromação.
Talvez por ser o primeiro e por ter caprichado na dose de
Rivotril, Ciro deixou-se enredar pela dupla, que mesmo seguindo um roteiro
demonstrou que não serviam para o papel.
Com Bolsonoro, o segundo da lista, a coisa foi diferente,
pois com o Capitão o buraco é mais embaixo, é do tipo bate e volta, ou bateu
levou.
Experiente em arranca-rabos, Bolsonoro foi rápido no gatilho,
respondendo perguntas capciosas com respostas sutis e ao mesmo tempo ferinas,
deixando a dupla totalmente sem graça e fora de ação.
Conseguiu tirar Renata Vasconcellos do sério, que por pouco
não lhe disse um palavrão, o que deve ter feito intimamente, pois a mocinha
perdeu o rebolado, demonstrando que só serve mesmo para ler textos, não tendo
qualificação, conhecimentos e jogo de cintura para conduzir entrevistas.
Bolsonaro demonstrou agilidade mental e verbal, deixando a
dupla cabisbaixa e envergonhada, tudo isso em cadeia nacional.
Goleou facil de Sete a Zero, pior que o desastre do 7 a 1.
Rescaldados, com Alckimin, candidato morno mais experiente,
com muitos quilômetros rodados, tentaram se ajustar, não se alongando demasiadamente
nas perguntas e questionamentos, deixando o candidato falar mais a vontade.
Com a bagagem de tantas entrevistas e debates, Alckimin
saiu-se muito bem, de acordo com seu jeitão paulista e monótono de tentar
explicar suas intenções, bem como justificar atitudes passadas.
Venceu também por boa margem.
A derradeira entrevista com a alquebrada Marina Silva, não
poderia ter sido pior.
A fantasma que só aparece de quatro em quatro anos, estava
com péssima aparência, subnutrida, com aquela conversa choca de quem não tem
opinião definitiva sobre coisa alguma, escudando-se em suas teses ecológicas,
das quais é defensora ferrenha e fundamentalista.
Quando Ministra, atrasou por anos a construção de uma usina hidrelétrica,
porque a região era habitat de uma espécie de sapinho que corria risco de
extinção.
Fraca de corpo, de conversa e de objetivos práticos, Marina
Silva deveria mesmo entrar para um convento longínquo no Acre, vivendo conforme
gosta, comungando com a natureza.
A dupla Bonner e Renata, até que foram condescendentes com a
alquebrada senhora, mas deixaram patente que não servem para o papel, pois
estão viciados em ler textos preparados antecipadamente no “teleprompter”, não
tendo cacife para participar de um “Tetê a Tetê” com cobras criadas.
Conselho que dou para a dupla de canastrões: “ado, ado, ado,
cada um no seu quadrado”.
José Roberto- 31/08/18