MULHERES DE PRETO
Conforme já expliquei, gosto de andar sobre areias movediças
e meter o bico onde não devia e não adianta minha mulher e filhos reclamar e
tentar me colocar nos eixos, pois continuo orelhudo e teimoso.
Adoro os Estados Unidos, um país onde as liberdades
individuais são respeitadas e a lei funciona de forma rápida e eficaz, todavia,
essa história de mulheres famosas insistir em bater na mesma tecla, dando a
entender que foram e são assediadas de forma agressiva, já está passando dos
limites.
Todas essas senhoras que ocupam as manchetes são pessoas
conhecidas, ricas, que venceram em suas profissões, posam de vítimas inocentes
quando sabemos que toda história tem mais de uma versão.
Será que em alguns casos não foram elas que assediaram
diretores, produtores e dirigentes milionários, utilizando-os como trampolim
para obter fama e riqueza?
Reconheço que de maneira geral, os homens são mais useiros e
vezeiros de expedientes não ortodoxos para obter favores e agrados sexuais,
porem em se tratando de show business , no geral as mulheres sabem
perfeitamente onde estavam se metendo.
Estou de pleno acordo que o assédio grosseiro e agressivo
deva ser punido exemplarmente, casos mais graves como o estupro, deveriam
acarretar prisão perpétua, contudo, não podemos exacerbar taxando de assédio um
leve gracejo, um assovio ou algo
semelhante, desde que não haja qualquer contato físico.
A magnífica Catherine Deneuve entrou na discussão com outras
personalidades de seu país, focando o assunto do ponto de vista francês, mais
liberal, considerando o movimento coordenado pelas americanas um tanto
supressivo, discriminando e criminalizando os homens de uma maneira geral.
A réplica veio imediatamente, partindo de fontes e países
diversos, criticando a posição das francesas, algumas até de forma indelicada,
afirmando que Deneuve é de outra época e que não tem capacidade de discernir os
problemas atuais.
Considero antológico o texto de Danuza Leão sobre o assunto,
que com simplicidade e galhofa retratou o problema sob o ângulo de nosso país.
Li agora de manhã na seção de cartas de O Globo, muitas
pessoas contestando o texto de Danuza, confirmando tratar-se de assunto polêmico,
que ainda vai dar muito que falar.
Reafirmo minha posição, que o assédio inoportuno, ofensivo,
tem que ser punido exemplarmente, mas o importante e saber distinguir assédio
de um gracejo inofensivo, considerando que as mulheres tem condições e podem
reagir aos “elogios” que não as agradar.
O assédio, estupro e assemelhados ocorrem com mais frequência
entre o menos favorecidos, nas periferias, onde as mulheres vilipendiadas e
abusadas não tem a mínima condição de se manifestar, por medo e outras
carências.
Já disse que adoro os Estados Unidos, mas a França e seus
ideais libertários sempre me fascinaram e como dizem, “Paris é uma festa”,
portanto “entre les deux, mon coeur balance”, e no caso, fico com a posição
menos puritana dos franceses e da sempre “Belle de Jour”.
José Roberto- 11/01/18
Concordo plenamente com o texto da Danuza Leão. Que aliás escreve muito bem e tem ótimos textos. Ela estava sumida e apareceu na hora certa. É lógico que também concordo com a eterna "Belle de Jour". Aliás, pare o mundo que eu quero descer. Tá ficando muito chato esta do politicamente correto e este papo de assédio sexual. Vai chegar a hora que você terá de pedir permissão, por escrito, para paquerar uma mulher. Tô fora!
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