A CAIXA É NOSSA

A CAIXA É NOSSA

Chegando ontem de Itanhaém pouco antes do almoço, meio zonzo, pois apesar de tranquila,  seis horas e meia de viagem deixam aquela sensação mareada de quem deu um passeio numa pequena traineira; refestelei-me alquebrado em minha poltrona para dar uma espiada nos jornais de sábado e domingo.

Em Itanhaém, como em qualquer outro lugar para onde viajo, me desligo, tento ficar alheio as desgraças que nos afligem e sobre as quais tenho a insatisfação de escrever dando um toque escrachado, pois não podemos tratar de assuntos sérios num país sem vergonha, entregue a políticos e administradores corruptos,  sem abordá-los com escárnio e galhofa, pois tomamos na tarraqueta e não mudamos, insistindo em eleger sempre o que há de pior na praça.

Dito e feito, só notícias ruins, com a canalhada petista desassossegada, devido a proximidade do julgamento do maior corrupto e ladrão da nossa história, Mula, quando será decretado o início do fim do chefão e da quadrilha que quebrou o país.

Todavia, chamou atenção a resistência dos políticos do PMDB às mudanças feitas no estatuto da Caixa Econômica Federal, vetando a indicação de vice-presidentes sem as qualificações necessárias para preencher o cargo, conforme desde sempre havia sido a praxe.

Temer o vampiresco e corrupto Presidente resistiu ao máximo, somente demitindo os vices comprovadamente trambiqueiros, após exigência do Banco Central, TCU e Ministério da Fazenda, pois toda essa cambada estava envolvida em maracutaias que abalaram a credibilidade e situação financeira da instituição, na época, comandada pelo Tio Patinhas Gedel Vieira Lima(Vice Presidente de Pessoas Jurídicas), que adorava mergulhar  nos milhões escondidos em seu apartamento reserva.

Pressionado, Temer o fingido, não teve como manter a canalhada no cargo, que foi defenestrada, sendo também modificado o estatuto, ficando com a Presidência da Republica  a prerrogativa de nomear apenas o presidente, que já é muita coisa.

A nomeação dos vice-presidentes era uma poderosa moeda de troca, utilizada por Temer e pelo partido para indicações chaves de corruptos, que unidos saqueavam a CEF com aprovação de empréstimos a clientes duvidosos, patrocínios suspeitos e mil e um tipos de trambiques conhecidos e praticados por especialistas do ramo.

Diante da ousadia do Conselho de Administração da CEF que aprovou a mudança , o PMDB, que fazia com a Caixa o mesmo que o PT fez com a Petrobras, chiou em altos brados, esbravejando que a Caixa Economica Federal é nossa(deles) e não irão sossegar enquanto não reverter a situação, pois queremos gente nossa(deles) tocando a instituição.

Mesmo com o Lava-Jato chegando ao seu clímax, a canalhada não se intimida, pretende continuar roubando e lesando o patrimônio público.

A Caixa é Nossa “o caralho”!!!!

Essa porcaria assim como o Banco do Brasil deveriam ser privatizados, reduzindo as chances de roubalheira geral como vem ocorrendo há muitos anos, em todos órgãos ou empresas onde o governo tem participação.

José Roberto- 22/01/18