O BISPO E O CARNAVAL
O Bispo Crivella está cada vez mais demonstrando a que veio,
deixando claro suas intenções de livrar a cidade maravilhosa da libertinagem e
da luxúria.
Fechou questão e afirma que vai reduzir a metade a verba que
o município doa na moleza, as ricas escolas de samba que tornam o carnaval
carioca imbatível.
A cada ano, o luxo e ostentação dessas agremiações é um
desbunde, passando por cima de crises e dificuldades que afetam o país.
Como ilhas de prosperidade, seguem em frente no seu mundo de
fantasia, irrigadas com dinheiro público, patronos do jogo do bicho, direitos
de transmissão e vendas de fantasias, pois o grosso do contingente das escolas
paga para desfilar.
Por definição, o carnaval é a alegria do povo, quatro dias
em que as penúrias são deixadas de lado para extravasar felicidade, aditivando
o povão para aguentar o tranco no restante do ano.
Todavia, esse carnaval maravilhoso, que atrai turistas do
Brasil e do mundo, não é o carnaval do povão, pois até o ingresso mais barato para
assistir o desfile das escolas na geral da Sapucaí, requer um grande sacrifício,
sugando as parcas economias juntadas com muito suor.
Apesar do Bispo estar acabando com a cidade pela sua abstinência
administrativa, escolhendo de quebra, péssimos assessores, cuja única qualificação
é pertencerem a sua igreja, até que acho razoável essa postura, reduzindo a
moleza concedida as nababescas escolas de samba, que raivosas, vendo a teta
reduzir o leitinho, ameaçam retalhar, deixando de desfilar.
Alegam essas mal acostumadas, que são elas a razão de ser do
carnaval carioca, trazendo milhares de turistas para a cidade, incrementando o
comércio e a arrecadação de impostos.
Ora, ora, ninguém sabe exatamente quanto faturam essas
escolas, que recebem a grana e não prestam contas a ninguém. Deve ser uma boa
mamata, pois os cargos diretivos são disputadíssimos.
Como é um festa privada, que se organize sem dinheiro público,
que deve ser melhor utilizado.
Todavia, precisamos ficar de olho nesse Bispo, pois as
grandes concentrações Evangélicas também recebem grana do município e são
diversos eventos durante o ano.
Tal como as escolas de samba, a igrejas recebem mil
facilidades, isenção de impostos e vão muito bem, independente da crise.
O carnaval de rua, com seus milhares de blocos reunindo
pessoas de todas as classes, tem sido o verdadeiro carnaval popular, que vai se
ampliando ano a ano, onde com ou sem fantasia, todos são realmente iguais.
Será que pelo menos uma vez, terei que concordar com esse
Bispo de araque, que gosta mesmo é de viajar e aumentar impostos?
José Roberto- 20/06/17
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